quinta-feira, outubro 26

A campanha

Um deputado está andando tranqüilamente quando é atropelado e morre. A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.
"Bem-vindo ao Paraíso!" - diz São Pedro - "Antes que você entre, há um probleminha. Raramente vemos parlamentares por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.
"Não vejo problema, é só me deixar entrar", diz o antigo deputado.
"Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte: Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade."
"Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso" diz o deputado.
"Desculpe, mas temos as nossas regras. "
Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno. A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe. Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado. Todos muito felizes em traje social. Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo. Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar. Quem também está presente é o Diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas. Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora. Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele.
Agora é a vez de visitar o Paraíso. Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando. Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.
" E aí ? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna." Ele pensa um minuto e responde:
"Olha, eu nunca pensei .. O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno."
Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno. A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo. Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos. O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do deputado.
" Não estou entendendo", - gagueja o deputado - "Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!!!"
O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:
"Ontem estávamos em campanha.
Agora, já conseguimos o seu voto..."

terça-feira, outubro 24

Apresentem-me lá o engraçadinho que inventou esta.....

A LEI E O PARECER

Com um gostinho especial para as gentes do Direito...

Estava a lei acabada de fazer
a despedir-se do legislador,
chegou-se-lhe ao pé o parecer
logo armado em conquistador.

«Então esses parágrafos como vão?»
Perguntou ele com jeito sedutor.
«Ai vão para aqui numa confusão!»
Disse a letra com virginal pudor.

«Deixe isso comigo». E num instante
sacou os Ray-Ban... Quando sorriu,
fê-lo com um olhar tão interpretante
que o fecho éclair da letra se lhe abriu.

Com a ratio legis toda à mostra
o parecer não podia resistir,
e toda a hermenêutica foi suposta
no que o espírito podia consentir.

Explorou-lhe o sentido mais extenso
que o elemento literal lhe permitia;
ensaiou o «a contario sensu»
e chegou a arriscar na analogia.

Aplicou-lhe a maioria de razão
dilatando-lhe o implícito contingente,
de tal forma que, toda a enunciação
se abriu co-normativa de repente.

Todos os sentidos que a lei assim mostrou
recortaram um quadro tão sugestivo
que, mal os considerandos antegozou
logo se lhe arqueou o remate conclusivo.

O parecer ficou exausto depois disto...
mas parecia um relatório tão contente
que se diria à secretária dum ministro
fundamentando tudo, garboso e fluente.

Da primitiva lei, ficaram só sinais
duma singela referência histórica;
mas dos três parágrafos originais
temos agora cem páginas de retórica.

É assim que a doutrina consolida as fontes
aligeirando-as da virtude presumida
mas dando alcance aos curtos horizontes
com que o apressado autor as manda à vida.

(Desconheço o autor. Mas bem haja!!!)


sexta-feira, outubro 20

Neste quintal nem tudo é podre (ainda)

"Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados.
E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais.
E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros).
Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática.
Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas.
Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que "bateu" em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis.
E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis.
E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo.
O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive - Portugal.

Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.
Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d'Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e AmorimTurismo.
E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana).

É este o País em que também vivemos.

É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc.
Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia.
Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos - e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito.
Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados,porque não hão-de os bons serem também seguidos?"

Nicolau santos, Director - adjunto do Jornal Expresso, In Revista Exportar
É, meus amigos. Numa altura em que anda tudo farto deste país, em que andamos todos a ver fugir o dinheiro como areia entre os dedos, em que tudo é mau - até o tempo!, dada a falta de fé em Deus que se verifica, temos que acreditar em alguma coisa. Ou então emigrar em massa para onde seja melhor, ou pelo menos para onde achamos que seja melhor.
Nem tudo é mau, cá no quintal dos tugas. O problema é que, como sempre, o que é bom é sempre mal-aproveitado, e ninguém se lembra disso. Os maus exemplos enchem a vista, chocam, revoltam, indignam - e toda a gente os conhece. Mas nós não somos todos ignorantes, néscios, incompetentes e corruptos - o problema é que o que é mau vende mais, sempre foi assim. Agora.. que somos comodistas... lá isso... somos. Até para vermos positivo.
Há cá valor, há cá gente inteligente e empreendedora, há cá assertividade. Há cá coisas boas.
Este artigo é um bom exemplo, não é?

quinta-feira, outubro 19

Eles não gostam? Azarucho!

Comunicado subscrito por várias mulheres flageladas por esses anúncios da treta que vendem, bem caro, aquilo a que se pode chamar beleza de plástico (e alguns comprimidos):
"Todos os dias ao sair de casa dou de caras com um anúncio que me deixa logo mal disposta até aí às três da tarde. É da clínica Persona e tem esta brilhante tirada publicitária: "os homens não gostam de celulite". É que, de facto, era este o argumento que me faltava para eu pôr fim à celulite que se instalou no meu rabo sem qualquer espécie de permissão. Eu até gosto de ter celulite, adoro!, faço os possíveis por ter sempre mais e mais...
Ah, mas espera lá, se os homens não gostam, então eu vou já pagar um tratamento de 500 contos na Persona para ficar sem celulite!! A sério, senhores que fizeram esta campanha, acham mesmo que este tipo de terror psicológico barato faz efeito numa mulher??? Se o anúncio dissesse "mulheres com celulite não entram na Zara", aí sim, era ver-me a correr para a Persona, primeiras, primeiras!
Agora, "vejam lá se tratam disso que os homens não gostam", temos pena, mas não pega! Se formos a ver, também há muita coisa que as gajas não gostam, e nem por isso espalhamos outdoors gigantescos pela cidade.
Sim, porque senão já estou a imaginar os possíveis anúncios:
- ELAS não gostam de pilas pequenas;
- ELAS não gostam de pêlos a mais;
- ELAS não gostam do resultado de "campeonato nacional+liga dos campeões+taça uefa+taça de Portugal";
- ELAS não gostam de sexo oral sofrível e insuficiente;
- ELAS não gostam que cocem os tomates (muito menos em público);
- ELAS não gostam (nem acham sexy) as barrigas de cerveja;
- ELAS não gostam de tampas da sanita levantadas;
- ELAS não gostam de ejaculação precoce;
- ELAS não gostam que cortem as unhas dos pés em cima da mesa da sala;
- ELAS não gostam de mãozinhas sapudas (e pouco hábeis);
- ELAS não gostam das amigas deles e das ex-namoradas, essas, nem falar;
- ELAS não gostam de slips nem de boxers com ursinhos;
- ELAS não gostam de atrasados emocionais;
Se os homens deste País se deparassem com estas publicidades, tentariam resolver algumas das questões apontadas?
Não, pois não? Então deixem lá mas é a nossa celulitezinha sossegada e não nos obriguem a andar com uma régua na mala!
Tenho dito."
É daqueles e-mails que as mulheres enviam umas às outras, que correm mundo em sinal de protesto. Não sou contra a cirurgia estética, nem contra a intenção de aperfeiçoar o próprio corpo. Mas sou contra o marketing que faz as mulheres sentirem-se diminuidas por não terem os milhentos euros que eles pedem para poder ficar assim como ELES dizem que é bonito. Se assim é: Rica = Bonita e perfeita. Então, porque raio há tanta feiosa e mal amanhada no Jet-set???? E elas têm estes tratamentos de borla....
BAH. Qual libertação da mulher qual quê. Continua tudo na mesma.... Como a lesma.

quarta-feira, outubro 18

Dar à electricidade

"O secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação afirmou hoje que a culpa do aumento de 15,7 por cento da electricidade para os consumidores domésticos em 2007 é do consumidor, porque esteve vários anos a pagar menos do que devia.
Em declarações à rádio TSF, António Castro Guerra considerou que em última análise a culpa deste aumento - que reconheceu ser grande - é dos consumidores.Até este ano a lei impedia uma actualização de preços acima da inflação e isso criou um défice tarifário que, na opinião de Castro Guerra, "só pode ser imputado aos consumidores"."São os consumidores que devem este dinheiro. Não é mais ninguém", declarou o governante à mesma rádio, considerando que este "foi quem mais consumiu no passado e isso gerou défice". "Este défice tem de ser pago por quem o gerou", disse ainda Castro Guerra. De acordo com as contas do secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, este défice vai ser recuperado num prazo de três a cinco anos. Apesar de considerar que o aumento é elevado, Castro Guerra disse que " os custos são os custos e nós não podemos fugir aos custos". Questionado sobre o facto de o aumento para as empresas ser menor, o responsável refere que "isso tem um fundamento". "As empresas estão a competir no mercado e nós não podemos por razões de energia reduzir a competitividade das empresas e mesmo assim já é um aumento substancial", explicou. António Castro Guerra lembrou que os aumentos são da exclusiva competência da Entidade Reguladora do Sector Energético (ERSE) mas admitiu que "no futuro o Governo pode criar mecanismos que evitem aumentos tão elevados".
Sou a favor do corte, total e irreversível, do abastecimento de electricidade na casa deste senhor. E já agora, de um apedrejamento em praça pública. Por duas ordens de motivos: em primeiro lugar, se é a ERSE que é responsável pelos aumentos dos preços, porque raio são os consumidores agora os culpados de terem andado a pagar pouco (Pouco????? Ainda acham pouco????)? Os consumidores pagam aquilo que lhes pedem, porque ninguém vai deixar de consumir electricidade porque está mais cara. Precisamos dela. E vem este papalvo descerebrado dizer que o défice tem que ser pago por quem o gerou???? Ora, meus senhores se assim é, ponham os sucessivos governos a pagar, porque a culpa é deles. Como se a ERSE tivesse andado a fazer algum favor aos portugueses a evitar aumentos, e como se a electricidade fosse muito barata... Balelas. A segunda ordem de razões prende-se com o facto de este senhor insinuar que gastamos muita electricidade: acho que deve ser ele a dar o exemplo, logo para começar, por isso, corte-se-lhe a luz em casa. Nada de DVD, playstation, plasmas, máquinas topo de gama de fazer tudo e mais alguma coisa, fashion lamps e luzinhas embutidas. Breu absoluto.
Caros concidadãos, no entender deste senhor, devemos sempre analisar o que pagamos: se acharmos que estamos a pagar pouco (???) por algum serviço, devemos advertir o governo de que queremos pagar mnais, para depois não acontecerem estas coisas...
Acendam-se velas. Quanto mais não seja por eu hoje fazer anos!! :)

segunda-feira, outubro 16

Guarda polivalente

"O Ministério da Administração Interna está a avaliar um estudo que propõe a extinção das brigadas de Trânsito e Fiscal da GNR, dos regimentos de Infantaria e Cavalaria e de quatro brigadas territoriais.
A análise propõe uma diminuição dos quadros relativos ao apoio geral e ao serviço administrativo e um aumento da área operacional, prevendo a integração dos efectivos dos oito organismos a extinguir em grupos dependentes do comando-geral. Desta forma, os guardas deixam de ter funções específicas e passam a ser escalados para qualquer tipo de actividade.
O aumento da eficácia na actividade operacional com menos recursos é o motivo indicado para esta transformação, que pode pôr fim às brigadas territoriais N2, da área de Lisboa, N3, do Alentejo e Algarve, N4, do Porto, e N5, de Coimbra.
O estudo defende também a criação de um núcleo de deontologia e do fortalecimento do serviço costeiro, pretendendo aumentar o combate ao tráfico de droga e a imigração ilegal."
Portal do Cidadão
Alarmista, a notícia. O MAI pretende é ter menos pessoal sentado à escrivaninha, e mais pessoal na rua. Mais: pretende centralizar serviços, evitando a sua autonomia. Quem sabe, criar uma Super-Guarda, tout-court. Passam a vida a dizer que têm que aumentar os efectivos, e tal, para que a fiscalização da ilegalidade chegue a todos os centímetros de solo nacional, ao mesmo tempo, e depois iam extinguir Brigadas, só assim?
Ná. Os Guardas que se cuidem, porque se esta moda pega, é-lhes exigida a polivalência, como aliás se tem vindo a exigir a qualquer funcionário público - Acabou-se o exclusivo passeio de carro pelas estradas de Portugal: de vez em quando é preciso dar ao chinelo, senhores guardas. Como a generalidade dos portugueses, que têm que se esfolar a fazer trinta por uma linha para levar uns míseros trocos para casa. Tal como eles, senhores guardas.

quarta-feira, outubro 11

Escavações recentes

Notícia publicada recentemente em um jornal londrino:
«Após cavar a 100 metros de profundidade em solo britânico, cientistas ingleses acharam vestígios de fiação de cobre, com cerca de 500 anos, e concluíram que seus antepassados já possuíam uma rede de telefonia».
Na semana seguinte, para não ficarem para trás, os franceses cavaram 200 metros de profundidade nos subúrbios de Paris, e a manchete dos jornais deles foi a seguinte:
«Após escavar a 200 metros em solo parisiense, cientistas franceses encontraram vestígios de fibra ótica, com 600 anos, e concluíram que seus antepassados já possuíam uma rede de telefonia de alta qualidade».
Daí, os portugueses, que não são nada parvos, dias depois resolveram cavar a 300 metros de profundidade em terras portuguesas, e logo os jornais noticiaram o seguinte:
«Após escavações a 300 metros de profundidade em solo lusitano, e sem nada encontrar, cientistas portugueses concluíram que seus antepassados já utilizavam telemoveis há 700 anos.»
Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência............

terça-feira, outubro 10

É preciso ter olho

Um fim de semana destes fui ver este filme. Cometi o erro crasso de ir ver isto a uma sessão da meia noite: eu, que detesto filmes de terror (" A Casa de Cera" foi para mim também um verdadeiro martírio), ainda por cima vistos à noite.
Quer dizer... fui ver, vírgula. Porque não vi metade do filme, estive quase sempre de olhos fechados, uma vez que aquilo desde os 1ºs 15 minutos é um regabofe de sangue, porcaria e susto.
A história é simples: um puto que gostava de se masturbar foi barbaramente martirizado pela mãe beata e demente; acabou por crescer um monstro que, incitado pela própria mãe, "castiga" os pecadores, arrancando-lhes os olhos, veículos do pecado; este monstro é quase apanhado por um polícia, que lhe dá um tiro na cabeça, e lhe abre um buraco que fica cheio de minhocas; o monstro foge, e dai a uns anos, este polícia herói acaba por ir, com um grupinho de jovens presidiários, limpar um hotel abandonado, sede oficial do próprio monstro e sua mamã. Um a um, a malta vai ficando desolhada, pois o monstrengo vai escarafunchando, à unha, as vistinhas ao pessoal - e vá de encher frasquinhos com o espólio ocular.
Sobra uma tipa que tem uma tatuagens com umas cruzes (safou-se porque o montrengo gostava de olhar para ela, vá lá ), e seus dois amiguinhos. Dá quase para ficar com pena do monstro que morre estampado no chão atravessado por ferros e comido pelos caes, não sem antes este ter espetado a mãe num pau, para castigo desta.
Moral da história: o José Cid safava-se.
Um filme daqueles em que se sai a pensar: "caramba, comprei um pacote de pipocas médio, e era quase do meu tamanho... como será o tamanho grande???? será que vem num carrinho de mão?"
Isto já para não falar nas coca-colas, que parecem piscinas. Um tema de estudo interessantíssimo.

segunda-feira, outubro 9

Quando se leva a publicidade a sério, dá nisto....

Acerca do mais recente grande assalto/sequestro em Portugal, digno de meter num chinelo qualquer filme policial americano, depois de vários estudos sobre a motivação do senhor que cometeu o acto deseperado, conclui-se o seguinte:
Não tem pais ricos, não lhe saiu a lotaria..... Logo, foi ao BES!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E ainda dizem que ninguem liga às publicidades.
(Faço uma ressalva, uma vez que respeito todos os que apanharam um susto nesse dia, e até o pobre senhor, que de perigoso não tinha mas era nada: para além de adormecer na cena do "crime", tratou todos os seus reféns educadamente, nunca ameaçando nem a vida nem a integridade fisica de ninguém. E depois... Ainda é crime assaltar bancos???? Da maneira q eles nos assaltam a nós, é de pensar se isto não é uma espécie de justiça popular......)