domingo, janeiro 31

É - Ás vezes as soluções são tão óbvias, e tão simples... mas nós preferimos insistir permanentemente na burrice, porque... sim.

Óbvio, mas verdadeiro

"O circo que se montou a propósito dos crimes associados ao poder são tretas de muita parra e fraca uva".

Moita Flores, "Correio da Manhã", 31-01-2010

Certo, como sempre, o grande Moita. Já cansa esta algaraviada dos que lançam fogo à tenda, mas sempre com o camião dos bombeiros imediatamente atrás, prontos a remediar o sucedido e a fazer os malabarismos necessários para desviar a atenção para trivialidades.

Eu queria mesmo era ver sangue, gente do poder presa e efectivamente condenada, e vergonhas públicas com consequências a sério... gente culpada condenada e com a vida desfeita. Como os restantes criminosos que não gozam do poder, vá.

Justiça à séria, portanto...

terça-feira, janeiro 12

A boa e velha Mafalda.... sempre cheia de razão


Desculpem-me o espanhol... mas achei um piadão à frase assim dita.
Traduz exactamente o meu estado de alma estes dias... por causas menos humanitárias, mas também relativamente importantes... pelo menos para mim.

domingo, janeiro 10

Teve que ser...

Eu juro que não me ia pronunciar sobre o assunto, para não ferir susceptibilidades. Mas whatever, o Blog é meu, e eu digo o que eu quiser, quem não gostar não lê. Para alguma coisa serviu o 25 de Abril.
O Cavaco disse uma coisa acertadíssima: O Poder tem um bocadito mais em que pensar do que no casamento de pessoas do mesmo sexo, o Sócrates voltou à técnica do "vamos disfarçar a nossa incompetência com a subserviência a um assunto polémico".
Então, por esta lógica, o povão, enquanto discute uma novela destas... fica cego e esquece-se que é pobre e desempregado!

Não sou contra as uniões de homossexuais, cada um tem as opções sexuais que bem entende, desde que não constitua crime. Eu respeito isso.
Agora, sinceramente, não entendo esta vitimização dos homossexuais a reivindicar o casamento. Que diabo, eu ainda gostaria de saber se, quando isto for aprovado, vai haver uma subida do numero de casamentos. Haverá uma infima subida... para logo depois haver a subida do nível dos divórcios... Bem, para os advogados, é bom negócio.
Parece-me que se vai gastar mais uma série de fundos públicos num referendo para acabar por
alterar a lei para dar uma faculdade que poucos vão usar. Isto é o quê? Para que um casal homossexual possa dizer "Nós não queremos casar... mas se quisermos, podemos!!!"
Se a maior parte das pessoas já nem casa, sequer, esta coisa de querer que as pessoas do mesmo sexo possam registar-se como casados tem mais de vontade de querer mudar a mentalidade à força do que de atribuição de direitos. Isto é para quê? Por causa dos bens? Há uma coisa que se chama compropriedade. Por causa das heranças? Façam testamentos válidos. Por causa da Adopção? - esse será outro grande assunto a discutir. Por uma questão psicológica? Talvez... Mas para muitos, não é preciso casar para provar que se gosta da outra pessoa... esse problema também é dos heterossexuais -
deal with it.
Bem, e na minha opinião pessoal, a nossa sociedade ainda não está preparada para isto. A maior parte dos pais não está preparado para ouvir decisões destas da parte de um filho ou filha, os filhos ou filhas também não estão preparados - nem o ambiente em que vivem - para ter um padrasto ou madrasta do mesmo sexo do pai ou da mãe... Não é à força que se mudam valores sociais intrincados como o da Família tradicional. Digo eu...
Um casal homossexual também é uma família, não discuto. Mas acredito que os problemas sociais que vai trazer uma alteração destas... vão ser enormes.

Por mim, até podiam acabar com o casamento civil. Era menos um contrato, e depois já quase ninguém usa disso. Pelo menos por muito tempo. Quem quisesse casar e fazer uma festa, casava na sua religião, e se não tivesse religião, casava da maneira que lhe apetecesse. Até podia haver empresas a produzir eventos desses.
Mesmo havendo referendo: não acredito que se chumbe a proposta. Mas de certeza que se chumbar, daqui a uns anos voltam à carga, e here we go again. Tal como foi com o Aborto.
E depois... eu gostava de ver o governo agora menos preocupado com isto e mais com as soluções para a crise. Sinceramente. Irrita-me profundamente esta maquilhagem política, e o facto de os interessados e os governantes se aproveitarem deste assunto para fugir com o rabo à seringa.

Depois da crise... pouco me importa. Se quiserem aprovar a alteração... por mim nem precisam de referendo. Aprovem já isso e não chateiem. Não penso usar dessa prerrogativa, mas isso é uma opção minha.
Desculpem-me se feri susceptibilidades. Não é essa a minha intenção. Mas tenho direito à minha opinião, ou não tenho?