Chega de pertencer a uma tribo com a qual não me identifico, e chega de pagar para isso.
Chega de trabalhar de graça, e chega de tentar, em vão, fazer com que a justiça seja menos falsa. Porque isso nunca vai acontecer.
Chega de remar contra marés. Não há barco a motor que aguente.
Chega de ter que cumprir um estatuto que só favorece quem não tem necessidade nenhuma de ser favorecido, e chega de pertencer a uma classe que teima em afundar a carreira dos júniores, recusando-lhes qualquer tipo de mérito e apoio.
A partir de hoje, basta. Fiquem com o cartão - não o quero. Fiquem-se com a vossa vaidade podre, passo muito bem sem ela.
A partir de hoje, sou livre. Sem o estatuto, mas também sem o jugo.
15 comentários:
ó caraças, eu já pertencia a ese grupo.... só tinha um rotulozinho, mas agora já não tenho...
Ser gótico é pior! :)=
Chega de trabalhar de graça, tb acho. É um escândalo português, o pior que o país tem! Tenho pena que deixes de estar inscrital; é menos um advogado a tentar fazer the right thing; não sei se há os suficientes, mas a mais não estavas de certeza.
não, não será o pior escândalo, Tiago, mas, ok, um dos piores.
Problema é que a fazer the right thing não se ganha dinheiro... pelo menos na advocacia. E depois, o que faço agora tb é uma forma de fazer justiça e estou contente por isso.
Por vezes sabe mesmo bem bater com a porta! Fiz recentemente o mesmo, e posso garantir que é um alivio indescritivel!
Saudações!
se era isto que querias fizeste bem.
fazer the right thing e nao ganhar dinheiro nao e so na advocacia. quem chega ao topo normalmente engoliu muitos sapos vivos, assim como quem vai chegar o está a fazer neste momento. dá vontade de nao chegar. tudo bem, desde que dê para comer...
eh lá
as opções entre caminhos podem perseguir por toda uma vida: há algo que se deixa mas algo que se conquista!
remar contra a maré é mmmmmuuuuiiito difícil! rema para onde quiseres, estamos contigo!
Tanta raiva e revolta, ha que ter mais calme...
não é raiva nem revolta. quem não está bem, muda-se, e foi o que eu fiz. respeito quem consegue manter-se na profissão nestas condições, ou pelo menos, quem não tem mesmo outra hipótese. respeito ainda os poucos que dignificam a profissão, felizmente tive o privilégio de aprender e trabalhar com alguns. Até poderia dizer que sentia desilusão, mas nunca me iludi com a profissão. na verdade nunca me entusiasmei com ela, e espero nunca ser obrigada a voltar, por força das circunstâncias.
tou contigo!
tou contigo!
eh pá, pessoal, obrigada pelo apoio!!!
APOIADO, PORRA, APOIADO!
força.
perca-se tudo. não se perca nunca a capacidade de indignação. e olha, já deu para perceber que quando precisares de companhia para ir para o cimo de um monte chamar nomes ao mundo não vais sozinha, vamos todos.
eheheheh, combinado, miguel. ;)
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