Andamos cá uma maré.... Meus amigos, há que ter tento na língua, que não se pode mesmo dizer nada. Desta vez, é um procurador-geral na berlinda, e cheira-me que deixou de estar nas boas graças do poder - falou demais, desabafou, e agora, tem que se explicar ao povão. Não que ao povão interesse, quem sofre com as escutas nem sequer é o cidadão comum, digo eu - as autoridades querem lá saber do carteirista, do traficante miúdo e do proxeneta - o que interessa é arranjar podres de gente conhecida, para vender ao 24 horas e ao Sol... mas os políticos, especialmente, ficaram todos com os respectivos dérrières (e já se sabe, quem tem dérrière, tem medo...) a arder - pudera, sabe-se lá o que se pode andar aí a escutar...
O senhor falou e agora, aguente-se. Das duas uma (que ainda não percebi muito bem qual): ou o Homem acha perfeitamente normal que se escute o pessoal à brava, à imagem dos tempos pidescos (não que eu ache isso absolutamente mal, desde que apenas no decurso de investigação de suspeitos de crimes, e que os que se escutou fique em segredo de justiça, como deve, e seja apenas usado para fins de investigação criminal), ou então aquilo foi um desabafo de quem já está farto de não conseguir controlar as coisas... e aí, é mau...
Isto costumava ser um país de expressão livre... mas todo o jardim idílico tem a sua cercazita, não é?