quinta-feira, agosto 21

Férias (ou nem por isso...)

Irrita-me. Juro que me irrita profundamente trabalhar quando toda a gente está de férias. É uma tortura, e devia ser proibido (mesmo quendo se trabalha por conta própria...SIM, e depois?). Uma pessoa está ali, a trabalhar, a suar as estopinhas para que todos os que veraneiam possam ter uma vidinha descansada, a exibir os seus bronzes impunemente, as suas férias na praia, as suas célebres frases "esta semana não estou cá, vou de férias ".
É injusto. Chamem-lhe inveja - porque é!!!! - mas, que diabo, eu também queria ir de férias, e apanhar um bronze, e descansar, e gozar com os outros que estão a trabalhar. Ora aí está.

"Ai e tal, que ainda não fiz a mala, são um diazinhos muito poucos, quase não dá para notar, se calhar até nem vou ". HUMPFFFF!!!! E depois passam dois meses a chagar toda a gente com a treta das férias e as fotos, e os parques aquáticos e mais não sei quem que viram na chafarrica onde estiveram. BAH!

Revoltada, invejosa, mal-disposta, podem chamar-me isso tudo. Mas que custa, CUSTA!!!!

Para o ano, vão ver...



sexta-feira, agosto 8

É assim mesmo!

Digno de um filme americano, mas à portuguesa, foi este episódio do sequestro do BES, que vimos todos ontem em directo pela televisão. Finalmente, uma demonstração de competência das nossas forças policiais que, com toda a precaução mas toda a veemência, puseram cobro ao atrevimento de dois tipos que se lembraram de armar em parvos e assaltar um banco. É grave assaltar um banco, mas mais grave é fazer reféns e apontar-lhes armas à cabeça, aprisionando-os durante tantas horas. Morreu um, deviam ter morrido os dois. Não me faz qualquer tipo de pena serem jovens, não me comove que sejam duas pessoas desesperadas: eles tinham sempre uma outra opção - a de não cometer o crime. A partir do momento que que deixam de ameaçar apenas bens materiais, mas ameaçam manifestamente a vida humana e a integridade fisica dos reféns, perdem todos os direitos e garantias e merecem ser pagos na mesma moeda. Este tipo de cancro social tem que ser parado, e caso não se fizesse nada, o exemplo não seria dado. A polícia actuou soberbamente bem, esperou até ter a certeza de que teria que actuar assim. Volto a dizer, pena não ter liquidado ambos os sequestradores, que este que ficou vivo sobreviverá á custa dos meus impostos, e isso não está certo. Qual solidariedade, qual quê.
A piada agora vai ser ver a canção dos "coitadinhos, que eram imigrantes brasileiros, coitadinhos que eram tão novos, coitadinhos que eram pobrezinhos". Já não há pachorra para isso. Chega deste pensamento geral que tudo se pode fazer impunemente. Este jogo social tem regras, e felizmente a polícia mostrou que está aí para as fazer cumprir, custe o que custar - pena não ser sempre assim.