terça-feira, fevereiro 24

Estado de "Citius"

No princípio era o Verbo, ou melhor, o Papel Escrito e Impresso. Explicando: antes, tínhamos uma forma complexa de trabalhar com a Justiça, com papéis, secretarias judiciais, volumes intermináveis de processos, etc. Agora, temos uma forma complexa de trabalhar com a justiça, mas sem papeis e sem volumes. Ou com isso tudo na mesma, mas com a benesse de ser mais fácil "apagar" processos inteiros - já não é preciso incendiar os tribunais, clica-se numa tecla "Delete" e já está.
O Citius é a aplicação informática
que pretende gerir o sistema judicial TODO, isto é, pretende centralizar informaticamente todos os processos judiciais, de forma a que tudo passa pelo sistema e está acessível às partes, clara e objectivamente - tudo entra por e-mail, tudo é notificado por e-mail, tudo se pode consultar a toda a hora, está lá TUDO. Acessível, claro, para os profissionais do Direito, devidamente credenciados para aceder à aplicação.
Desde Janeiro que este sistema é obrigatório para a maior parte dos processos de Direito Civil e do Trabalho, e tem vindo a causar desconfianças, irregularidades, incertezas e, sobretudo, críticas.
Teoricamente, isto seria uma mais-valia. TEORICAMENTE, funcionaria de forma a agilizar a justiça.
Mas, como sempre neste pais, alguma coisa tem que correr mal, e lá está, a fraca formação dos juízes e advogados na àrea informática, aliada à conhecidíssima resistência do funcionalismo público (não esqueçamos que os funcionários judiciais são funcionários públicos...) aos computadores, aliada ainda ao hábito triste da corrupção e do favorecimento, estão a fazer desta aplicação um meio de subverter ainda mais um sistema que já de si era débil.
Segundo o Público de hoje, "Dois processos surgiram encerrados no sistema informático de um tribunal português, sem o estarem. Noutro tribunal, a promoção de um magistrado do Ministério Público foi apagada por um técnico de informática, a pedido de uma funcionária." Alguém se admira?

Isto, por acaso, soube-se. Mas ficam de fora muitas destas que não se sabem...


segunda-feira, fevereiro 9

3 Vinténs = 3 Milhões

Ora meus amigos, ISTO está à venda. Digo "Isto" porque está em leilão como se se tratasse de um par de botas da Marlboro à venda no E-Bay.
E o "isto" não é a rapariga por si só, disso à venda há muitas. O que está a ser leiloado é a virgindade desta moçoila de 22 aninhos. A Natalie acha que é uma boa oportunidade de ganhar algum para pagar os seus estudos. Louvável, mas poderia recorrer a uma bolsa de estudo.
Este leilão foi lançado no site do famoso Rancho das Coelhinhas, nos EUA, que todos conhecemos graças à xaropada de documentário que anda a dar na SIC. Típico de um bordel, leiloar a virgindade de uma residente. É assim tipo uma praxe. Mas uma praxe muitíssimo rentável.
A rapariguinha e o patrão do bordel são capazes estar com sorte, uma vez que um australiano de 39 anos licitou pelos 3 milhões de euros, e caso ninguém licite acima disto, será ele o feliz comtemplado (vá, meninos, toca a partir o mealheiro, ainda vão a tempo de cobrir a oferta do australiano...).

2 comentários me apraz fazer em relação a isto:
- Nao me choca, é uma forma de prostituição como qualquer outra, se o otário está disposto a pagar é porque tem dinheiro;
- a rapariga não deve ter pai em casa.

domingo, fevereiro 8

Prioridades

O nosso Primeiro veio cá a Coimbra dizer que os casamentos homossexuais deverão ser a "bandeira" do PS, como esquerda do povo.
Realmente, em tempo de crise, com empresas a fechar, o desemprego a afectar quase toda a gente, o poder de compra a extinguir-se, e o nosso sistema económico à beira do colapso, o casamento dos homossexuais é a primeira coisa em que se deve pensar... o "povo" está satisfeitíssimo com esta prioridade do Sr. Primeiro Ministro.

À parte do que se pense acerca deste assunto dos casamentos dos homossexuais (eu cá por mim sou contra, assumo isso perfeitamente, os que são contra também têm direito à opinião, ou não?), acho que a esta altura o governo deveria pensar em medidas para combater a crise; a questão social base, neste momento, é o desemprego e o endividamento, que afectam TODOS, heterossexuais, homossexuais, bissexuais, enfim, o povo todo. Este governo tem a mania das minorias, mas isto é um exagero.

Mas deixem-no... se isto vai ser a bandeira do PS para as próximas eleições, acrescentando o chorrilho de asneiras que fizeram neste governo, podemos imaginar os resultados...

O azar de todos nós é que não há opções de jeito.