No princípio era o Verbo, ou melhor, o Papel Escrito e Impresso. Explicando: antes, tínhamos uma forma complexa de trabalhar com a Justiça, com papéis, secretarias judiciais, volumes intermináveis de processos, etc. Agora, temos uma forma complexa de trabalhar com a justiça, mas sem papeis e sem volumes. Ou com isso tudo na mesma, mas com a benesse de ser mais fácil "apagar" processos inteiros - já não é preciso incendiar os tribunais, clica-se numa tecla "Delete" e já está.
O Citius é a aplicação informática que pretende gerir o sistema judicial TODO, isto é, pretende centralizar informaticamente todos os processos judiciais, de forma a que tudo passa pelo sistema e está acessível às partes, clara e objectivamente - tudo entra por e-mail, tudo é notificado por e-mail, tudo se pode consultar a toda a hora, está lá TUDO. Acessível, claro, para os profissionais do Direito, devidamente credenciados para aceder à aplicação.
Desde Janeiro que este sistema é obrigatório para a maior parte dos processos de Direito Civil e do Trabalho, e tem vindo a causar desconfianças, irregularidades, incertezas e, sobretudo, críticas.
Teoricamente, isto seria uma mais-valia. TEORICAMENTE, funcionaria de forma a agilizar a justiça.
Mas, como sempre neste pais, alguma coisa tem que correr mal, e lá está, a fraca formação dos juízes e advogados na àrea informática, aliada à conhecidíssima resistência do funcionalismo público (não esqueçamos que os funcionários judiciais são funcionários públicos...) aos computadores, aliada ainda ao hábito triste da corrupção e do favorecimento, estão a fazer desta aplicação um meio de subverter ainda mais um sistema que já de si era débil.
Segundo o Público de hoje, "Dois processos surgiram encerrados no sistema informático de um tribunal português, sem o estarem. Noutro tribunal, a promoção de um magistrado do Ministério Público foi apagada por um técnico de informática, a pedido de uma funcionária." Alguém se admira?
Isto, por acaso, soube-se. Mas ficam de fora muitas destas que não se sabem...
O Citius é a aplicação informática que pretende gerir o sistema judicial TODO, isto é, pretende centralizar informaticamente todos os processos judiciais, de forma a que tudo passa pelo sistema e está acessível às partes, clara e objectivamente - tudo entra por e-mail, tudo é notificado por e-mail, tudo se pode consultar a toda a hora, está lá TUDO. Acessível, claro, para os profissionais do Direito, devidamente credenciados para aceder à aplicação.
Desde Janeiro que este sistema é obrigatório para a maior parte dos processos de Direito Civil e do Trabalho, e tem vindo a causar desconfianças, irregularidades, incertezas e, sobretudo, críticas.
Teoricamente, isto seria uma mais-valia. TEORICAMENTE, funcionaria de forma a agilizar a justiça.
Mas, como sempre neste pais, alguma coisa tem que correr mal, e lá está, a fraca formação dos juízes e advogados na àrea informática, aliada à conhecidíssima resistência do funcionalismo público (não esqueçamos que os funcionários judiciais são funcionários públicos...) aos computadores, aliada ainda ao hábito triste da corrupção e do favorecimento, estão a fazer desta aplicação um meio de subverter ainda mais um sistema que já de si era débil.
Segundo o Público de hoje, "Dois processos surgiram encerrados no sistema informático de um tribunal português, sem o estarem. Noutro tribunal, a promoção de um magistrado do Ministério Público foi apagada por um técnico de informática, a pedido de uma funcionária." Alguém se admira?
Isto, por acaso, soube-se. Mas ficam de fora muitas destas que não se sabem...
2 comentários:
Estou fazendo uma campanha de doações para criar uma minibiblioteca comunitaria na minha comunidade carente aqui no Rio de Janeiro,preciso da ajuda de todos.Doações no Banco do Brasil agencia 3082-1 conta 9.799-3 Que DEUS abençõe todos nos.Meu e-mail asilvareis10@gmail.com
Não, não me admiro!
:(
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