terça-feira, fevereiro 28

O Entrudo

Ainda não é meia noite, mas já lá vai mais um Carnaval. Amanhã é 4ª feira de cinzas, e depois temos 40 dias para pagarmos as favas pelos excessos cometidos. Para quem gosta, pode sempre começar uma dietazinha... sempre dá jeito para o verão.
Enfim, há uns anos valentes que é nesta altura em que me lembro que vivo num país tropical, em que se festeja com temperaturas de 40 graus, ao som da música que representa a tradição do país.... Baterias de Samba? Claro, folclore nacional. Do mais português que há.
O blogue é meu, por isso, no uso despótico dos meus poderes digo: Isto é cada vez mais Carnaval do Rio do que Entrudo. Eu tenho uma agenda que no dia de hoje diz Entrudo. Na minha santa terrinha (Arcozelo - Ponte de Lima, onde hoje rejubilei de satisfação porque ainda existem as velhas máscaras que deambulam, inidentificáveis, pelas ruas da aldeia, a meterem-se com toda a gente...), é Entrudo que se diz. Em Ponte de Lima não há corso carnavalesco, e na Vila as pessoas não podem andar de cara tapada, mas podem fazê-lo nas aldeias. Vêem-se poucas máscaras no dia de carnaval, mas na noite anterior... é aos fardos. Atenção que não sou contra os Corsos. Sempre fui fã do carnaval de Loulé, que conheci desde cedo (Mas só fui fã enquanto aquilo tinha piada, e não tinha tanta bateria de samba). Mas prefiro corsos onde toda a gente participa e ninguém paga, corsos em que a anarquia é total e se faz a apologia da nódoa em todos os sentidos. Lazarim (Lamego), por exemplo, também: as máscaras de madeira são fabulosas, os cabeçudos são hediondos, patuscos, mas perfeitos.
Sou da terra dos cabeçudos e dos zés-pereiras, da tigela de verde. Gosto. Acho que fazem um entrudo fantástico. Rapazes, por muito que vocês gostem das morenas (e nem tanto) do samba no pé, até nisso se falha: se morenas sem roupa há muitas, porque é que não há rebolantes morenos luzidios de musculatura muito apetecível, em vez de balofos (ou então paus de virar tripas) com borbulhas a tocar tambor? Comissão para a igualdade nos corsos carnavalescos, estou dentro!!!
E ainda por cima, a nossa maior vedeta carnavalesca falhou. O Alberto João fez greve, o carnaval da Madeira não foi o mesmo... Tivemos que nos contentar cá com as vedetas das novelas brasileiras, enfim.. que remédio.
Tuguices.

Imagem: Douronet.pt

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