quarta-feira, julho 26

E eles sabiam onde acertavam...

Militares das forças de manutenção de paz da ONU no Sul do Líbano contactaram militares israelitas por dez vezes, a pedirem-lhes que parassem com os bombardeamentos nas proximidades, antes de o seu posto de observação ter sido atingido, matando quatro pessoas, de acordo com um relatório preliminar da ONU sobre o incidente, disponibilizado hoje à AP.

Durante cada telefonema, um oficial israelita prometeu o fim do bombardeamento, segundo um oficial da ONU que viu o relatório preliminar. Os contactos telefónicos prolongaram-se por seis horas.Os militares da ONU no posto disseram que a área de um quilómetro a partir do posto foi atingida com munições de precisão, incluindo 17 bombas e 12 munições de artilharia, das quais quatro atingiram directamente o posto, ontem, diz-se no relatório.
É o cúmulo quando se atacam (deliberadamente) forças de manutenção da paz. O conflito actual do Médio Oriente em si está feio, medonho, e não se prevê uma resolução rápida, a bomba sinplesmente estourou. Será caso de as Forças da ONU estarem precisa e literalmente em cima de uma concentração de xiitas libaneses do Hezbollah?? "Bombas de precisão", e uma data delas. Depois de avisados, ainda por cima. Guerra é guerra, já se sabe, e quem lá está no meio é que sofre, seja ou não parte interessada. Mas isto parece-me um bocadito demais.
Eu detesto ser pessimista, , mas quer-me parecer que a III Guerra Mundial pode muito bem vir do Oriente. E por motivos que misturam o nacionalismo e a religião. Explosiva, a mistura....
Paz, meus senhores, Paz. Deixem-se de macacadas destas que matam gente e destroem coisas. O Mundo agradece.
Visão e Público Online

18 comentários:

Casemiro dos Plásticos disse...

é assima vida:S

Sofia Melo disse...

Esses devem ter aprendido bem a lição, no capítulo "Iraque - 20 razões para não meter o bedelho em países alheios"...

Anónimo disse...

olá blue
Pois... e os terroristas que enviam misseis para onde calha, "mártires" por causas fanáticas e colocam bombas onde calha...
também "matam gente (inocente, sempre) e destroem coisas.O Mundo (também) agradece"
JM

Sofia Melo disse...

mas responder à letra e da mesma maneira também não me parece solução viável... nem sequer eficaz, como todos sabemos....

Anónimo disse...

olá
pois é, mas tem-se que se mostrar firmeza e não cedências
Também sabemos todos...
JM

Sofia Melo disse...

olá, JM,
mas, em relação aos EUA, continuo a achar que não tinham nada que ir atacar o iraque. quem lhes deitou as torres abaixo foi o bin laden, e não o saddam, por muito q este tenha gostado. como não apanharam o Bin, foi tipo: vamos lá bater nos outros, que ao menos sabemos onde estão, também não gostamos deles, e têm petróleo e tal... ainda ganhamos com a situação. E lá foram à patrão, e de lá vieram com um granda melão. não se fartam de levar porrada de uns broncos armados até aos dentes, e que não andaram em academias militares tão fancy e tão bem apetrechadas como as deles.
quanto a estes ataques israelitas às forças de paz.. que raio foi isso??? se foi de propósito, ou pelo menos tipo: "que se lixem os gajos", se não é terrorismo, não sei o que seja....

Anónimo disse...

olá blue
Muito simplista o teu comentário. Recordas-te qual foi o pretexto para imvadir o Iraque e das sanções que lhe tinham sido impostas ? Adiante...
ataques às forças de "paz"...
É tudo condenável, resta saber que estão(avam) lá a fazer estas forças ditas de "paz", que permitem que um movimento terrorista num país soberano e para a qual deviam estar a impor a resolução para a qual foram mandatados, possua, construa e utilize misseis, rampas de lançamantos para misseis,bunkers, tuneis,etc.
Enfim...
Nota: não gosto dos yankees.
JM

Klatuu o embuçado disse...

É lamentável, mas não acredito que fosse deliberado.

Sofia Melo disse...

Bem, JM, tudo bem que o iraque tinha, e tenha, que se lhe diga, mas de qualquer forma, agora está pior. E os eua só decidiram avançar com uma ofensiva, de certezinha, porque sabem que o saddam e o bin laden eram farinha do mesmo saco. deve ter sido a gota de água. Eo que estão a ganhar os americanos lá agora? soldados mortos? cada vez maior revolta das populações locais? tá dificil de resolver, aquele assunto, e o saddam preso (para os que acreditam que aquele é, de facto, o saddam....) não lhes valeu de muito. A ver vamos.
Nesta coisa de israel, independentemente do resultado prático da actividade das forças de paz, não havia razão para lhes mandarem bombas para cima, especialmente qdo eles estavam a avisar q estavam ali - sempre são forças internacionais.
(já estou como o klatuu.. duvido q não fosse acto deliberado...)
;)

Anónimo disse...

olá blue...
Resta saber donde partiam os rockets que saiam daquelas posições. Como sempre, os terroristas (que não estão fardados) usam-nos como escudos humanos.
JM

Anónimo disse...

José Pacheco Pereira, revista Sábado e Abrupto:


Já se escreveu que o anti-americanismo é o anti-semitismo dos nossos dias. É um anti-semitismo diferente, mas é muito parecido. Israel está a ser vítima dessa forma peculiar de anti-semitismo. [...] Quando nasceu o estado de Israel, a ferro e fogo contra os ingleses e os partidários do Grande Mufti de Jerusalém, amigo dos nazis, a causa sionista era sentida como uma causa da esquerda. Foi a URSS uma grande impulsionadora das resoluções da ONU para a partilha da Palestina, e o primeiro estado a reconhecer Israel. Estava-se na altura em que o nosso Avante! clandestino saudava a luta de Israel contra as “monarquias feudais árabes” que lhe faziam guerra e a saga socialista dos kibutz fazia parte do imaginário utópico de toda a esquerda e não só da comunista. Os socialistas e a sua Internacional deram grande apoio político ao jovem estado. [...] A inflexão da esquerda contra Israel acompanhou a política soviética de Krutchev de apoio ao nacionalismo árabe, que levou a prazo a uma mudança de aliados na região. [...] É por ser assim que em Israel, nunca a esquerda e a direita se dividiram no essencial sobre a conduta de operações militares para defender o estado de Israel. [...]


e não só ....
JM

Sofia Melo disse...

Caramba, JM, mas será necessário rebentar com países inteiros para afirmar uma posição? será que era realmente preciso matar tanta gente? será que a única maneira de combater o terrorismo é fazer o mesmo - olho por olho, dente por dente? Para que serve tanta força de elite, se não sao capazes de localizar e aniquilar os responsáveis terroristas, sem partir e matar tudo à volta?
É contra isso que me insurjo. Os valores intrínsecos de cada nação, não questiono, até pq não os conheço (só o abelhudismo dos americanos é que me irrita profundamente).
Obrigadão pelo teu contributo, JM. É sempre bem-vindo.

Barão da Tróia II disse...

De tudo o que se tem dito e visto, não acredito em porra nenhuma, excepto, que uns bombardeiam os outros e vice-versa. Bom post. Boa semana

Sofia Melo disse...

Obrigada, Barão. Boa semana para ti também. E Férias, não?

Anónimo disse...

olá blue,
Um senhor chamado Timothy Ash escreveu o seguinte "
Nenhum europeu deveria falar ou escrever sobre o actual conflito no Médio Oriente sem ter consciência da nossa responsabilidade histórica
"

Serve-nos pouco repensar as nossas responsabilidades históricas porque as temos muitas. Contudo, foi na Europa que nasceu essa segregação dos judeus, estranha no passado e ainda mais incompreensível no presente.

Israel merece a nossa compreensão e apoio, mas não incondicional. Um país que vive sabendo que está rodeado de vizinhos que o querem destruir tem a obrigação de se defender. A zona do Sul do Líbano está armada para atacar território israelita, como o demonstrou a origem deste conflito, a captura de dois soldados e os sofisticados meios bélicos construídos e montados ao longo destes últimos anos.
Se Israel quer ajudar-se e a Europa quer, como deve, apoiar é fundamental que colaborem, com os Estados Unidos, numa solução que passe pelo cessar-fogo e por uma força internacional composta por países que sejam do agrado de todas as partes.
O mundo tem estado entregue a um líder norte-americano que acreditou que conseguia combater o terrorismo pela força militar. O Afeganistão e o Iraque demonstram o fracasso da política de Bush. É preciso não continuar.

A Europa, os EUA e Israel têm oferecido aos muitos líderes árabes o ódio com que se alimenta o terrorismo. Não pode ser o caminho de Israel e da Europa.

Bom curso e boa praia fluvial e marítima. Se puder, vou escrevendo de longe.
JM

Sofia Melo disse...

Concordo plenamente quando se diz que a solução não é a força militar. Já vimos que não é, à custa do chorrilho de mortes a que assistimos diariamente. Há que aprender com os erros.
Muito obrigada, JM.
Cá espero a tua visita.

tiago m disse...

é inacreditável. e estranhamente este acontecimento passou ao lado das grandes notícias internacionais.

isto para mim era motivo para suspender os israelitas, pelo menos durante algum tempo, de membros das nações unidas.

desculpeqqc disse...

A ver pelo cartoon, afinal o Zidane tem familiares para aquela zona.