Militares das forças de manutenção de paz da ONU no Sul do Líbano contactaram militares israelitas por dez vezes, a pedirem-lhes que parassem com os bombardeamentos nas proximidades, antes de o seu posto de observação ter sido atingido, matando quatro pessoas, de acordo com um relatório preliminar da ONU sobre o incidente, disponibilizado hoje à AP.
Durante cada telefonema, um oficial israelita prometeu o fim do bombardeamento, segundo um oficial da ONU que viu o relatório preliminar. Os contactos telefónicos prolongaram-se por seis horas.Os militares da ONU no posto disseram que a área de um quilómetro a partir do posto foi atingida com munições de precisão, incluindo 17 bombas e 12 munições de artilharia, das quais quatro atingiram directamente o posto, ontem, diz-se no relatório.
É o cúmulo quando se atacam (deliberadamente) forças de manutenção da paz. O conflito actual do Médio Oriente em si está feio, medonho, e não se prevê uma resolução rápida, a bomba sinplesmente estourou. Será caso de as Forças da ONU estarem precisa e literalmente em cima de uma concentração de xiitas libaneses do Hezbollah?? "Bombas de precisão", e uma data delas. Depois de avisados, ainda por cima. Guerra é guerra, já se sabe, e quem lá está no meio é que sofre, seja ou não parte interessada. Mas isto parece-me um bocadito demais.
Eu detesto ser pessimista, , mas quer-me parecer que a III Guerra Mundial pode muito bem vir do Oriente. E por motivos que misturam o nacionalismo e a religião. Explosiva, a mistura....
Paz, meus senhores, Paz. Deixem-se de macacadas destas que matam gente e destroem coisas. O Mundo agradece.
Visão e Público Online
18 comentários:
é assima vida:S
Esses devem ter aprendido bem a lição, no capítulo "Iraque - 20 razões para não meter o bedelho em países alheios"...
olá blue
Pois... e os terroristas que enviam misseis para onde calha, "mártires" por causas fanáticas e colocam bombas onde calha...
também "matam gente (inocente, sempre) e destroem coisas.O Mundo (também) agradece"
JM
mas responder à letra e da mesma maneira também não me parece solução viável... nem sequer eficaz, como todos sabemos....
olá
pois é, mas tem-se que se mostrar firmeza e não cedências
Também sabemos todos...
JM
olá, JM,
mas, em relação aos EUA, continuo a achar que não tinham nada que ir atacar o iraque. quem lhes deitou as torres abaixo foi o bin laden, e não o saddam, por muito q este tenha gostado. como não apanharam o Bin, foi tipo: vamos lá bater nos outros, que ao menos sabemos onde estão, também não gostamos deles, e têm petróleo e tal... ainda ganhamos com a situação. E lá foram à patrão, e de lá vieram com um granda melão. não se fartam de levar porrada de uns broncos armados até aos dentes, e que não andaram em academias militares tão fancy e tão bem apetrechadas como as deles.
quanto a estes ataques israelitas às forças de paz.. que raio foi isso??? se foi de propósito, ou pelo menos tipo: "que se lixem os gajos", se não é terrorismo, não sei o que seja....
olá blue
Muito simplista o teu comentário. Recordas-te qual foi o pretexto para imvadir o Iraque e das sanções que lhe tinham sido impostas ? Adiante...
ataques às forças de "paz"...
É tudo condenável, resta saber que estão(avam) lá a fazer estas forças ditas de "paz", que permitem que um movimento terrorista num país soberano e para a qual deviam estar a impor a resolução para a qual foram mandatados, possua, construa e utilize misseis, rampas de lançamantos para misseis,bunkers, tuneis,etc.
Enfim...
Nota: não gosto dos yankees.
JM
É lamentável, mas não acredito que fosse deliberado.
Bem, JM, tudo bem que o iraque tinha, e tenha, que se lhe diga, mas de qualquer forma, agora está pior. E os eua só decidiram avançar com uma ofensiva, de certezinha, porque sabem que o saddam e o bin laden eram farinha do mesmo saco. deve ter sido a gota de água. Eo que estão a ganhar os americanos lá agora? soldados mortos? cada vez maior revolta das populações locais? tá dificil de resolver, aquele assunto, e o saddam preso (para os que acreditam que aquele é, de facto, o saddam....) não lhes valeu de muito. A ver vamos.
Nesta coisa de israel, independentemente do resultado prático da actividade das forças de paz, não havia razão para lhes mandarem bombas para cima, especialmente qdo eles estavam a avisar q estavam ali - sempre são forças internacionais.
(já estou como o klatuu.. duvido q não fosse acto deliberado...)
;)
olá blue...
Resta saber donde partiam os rockets que saiam daquelas posições. Como sempre, os terroristas (que não estão fardados) usam-nos como escudos humanos.
JM
José Pacheco Pereira, revista Sábado e Abrupto:
Já se escreveu que o anti-americanismo é o anti-semitismo dos nossos dias. É um anti-semitismo diferente, mas é muito parecido. Israel está a ser vítima dessa forma peculiar de anti-semitismo. [...] Quando nasceu o estado de Israel, a ferro e fogo contra os ingleses e os partidários do Grande Mufti de Jerusalém, amigo dos nazis, a causa sionista era sentida como uma causa da esquerda. Foi a URSS uma grande impulsionadora das resoluções da ONU para a partilha da Palestina, e o primeiro estado a reconhecer Israel. Estava-se na altura em que o nosso Avante! clandestino saudava a luta de Israel contra as “monarquias feudais árabes” que lhe faziam guerra e a saga socialista dos kibutz fazia parte do imaginário utópico de toda a esquerda e não só da comunista. Os socialistas e a sua Internacional deram grande apoio político ao jovem estado. [...] A inflexão da esquerda contra Israel acompanhou a política soviética de Krutchev de apoio ao nacionalismo árabe, que levou a prazo a uma mudança de aliados na região. [...] É por ser assim que em Israel, nunca a esquerda e a direita se dividiram no essencial sobre a conduta de operações militares para defender o estado de Israel. [...]
e não só ....
JM
Caramba, JM, mas será necessário rebentar com países inteiros para afirmar uma posição? será que era realmente preciso matar tanta gente? será que a única maneira de combater o terrorismo é fazer o mesmo - olho por olho, dente por dente? Para que serve tanta força de elite, se não sao capazes de localizar e aniquilar os responsáveis terroristas, sem partir e matar tudo à volta?
É contra isso que me insurjo. Os valores intrínsecos de cada nação, não questiono, até pq não os conheço (só o abelhudismo dos americanos é que me irrita profundamente).
Obrigadão pelo teu contributo, JM. É sempre bem-vindo.
De tudo o que se tem dito e visto, não acredito em porra nenhuma, excepto, que uns bombardeiam os outros e vice-versa. Bom post. Boa semana
Obrigada, Barão. Boa semana para ti também. E Férias, não?
olá blue,
Um senhor chamado Timothy Ash escreveu o seguinte "
Nenhum europeu deveria falar ou escrever sobre o actual conflito no Médio Oriente sem ter consciência da nossa responsabilidade histórica"
Serve-nos pouco repensar as nossas responsabilidades históricas porque as temos muitas. Contudo, foi na Europa que nasceu essa segregação dos judeus, estranha no passado e ainda mais incompreensível no presente.
Israel merece a nossa compreensão e apoio, mas não incondicional. Um país que vive sabendo que está rodeado de vizinhos que o querem destruir tem a obrigação de se defender. A zona do Sul do Líbano está armada para atacar território israelita, como o demonstrou a origem deste conflito, a captura de dois soldados e os sofisticados meios bélicos construídos e montados ao longo destes últimos anos.
Se Israel quer ajudar-se e a Europa quer, como deve, apoiar é fundamental que colaborem, com os Estados Unidos, numa solução que passe pelo cessar-fogo e por uma força internacional composta por países que sejam do agrado de todas as partes.
O mundo tem estado entregue a um líder norte-americano que acreditou que conseguia combater o terrorismo pela força militar. O Afeganistão e o Iraque demonstram o fracasso da política de Bush. É preciso não continuar.
A Europa, os EUA e Israel têm oferecido aos muitos líderes árabes o ódio com que se alimenta o terrorismo. Não pode ser o caminho de Israel e da Europa.
Bom curso e boa praia fluvial e marítima. Se puder, vou escrevendo de longe.
JM
Concordo plenamente quando se diz que a solução não é a força militar. Já vimos que não é, à custa do chorrilho de mortes a que assistimos diariamente. Há que aprender com os erros.
Muito obrigada, JM.
Cá espero a tua visita.
é inacreditável. e estranhamente este acontecimento passou ao lado das grandes notícias internacionais.
isto para mim era motivo para suspender os israelitas, pelo menos durante algum tempo, de membros das nações unidas.
A ver pelo cartoon, afinal o Zidane tem familiares para aquela zona.
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