Eu pago a minha casa, tu também pagas, eles pagam o carro, nós pagamos o computador, vós pagais a mobília da sala, eles pagam ainda a máquina de lavar roupa. É assim que se conjugam verbos como o "Crédito à habitação", "Leasing" e "Crédito pessoal", entre outros. A classe média, média-baixa, e até mesmo média-alta, vivem este terror diário de contar tostões para conseguir pagar todos os malfadados empréstimos que se vão contraindo para fazer face à desgraceira que é o custo de vida que temos. Oferecem-nos dinheiro pelos olhos dentro, os bancos. É tudo tão fácil, como assinar o nosso nome num papel. E assinamos, depois, todos os meses nos vamos apercebendo de mais alguma coisita que não nos explicaram, ou não quisemos ouvir, e que é menos boa para nós. E a prestação cai. As prestações todas, para quem recorre muito, por vício ou por necessidade, ao crédito.
Duas classes ficam de fora - a classe alta, que não tem qualquer problema, pois, recorrendo muito ao crédito como é seu hábito, se não pagar, ninguém chateia, e ainda oferecem mais créditos aprovados (veja-se o caso do filho do Jardim Gonçalves... ele sim, tem pais ricos, não precisou do BES, resolveu o problema no BCP). A Classe baixa, essa, divide-se em duas: a que vive de expedientes e do rendimento mínimo, à custa do que todos nós andamos a pagar, recusando-se a trabalhar, porque é sempre melhor ter tempo para gastar o dinheiro do subsídio, e a que trabalha precariamente, ganha e vive mal, a quem os bancos recusam sequer que se sentem nas cadeiras do atendimento para créditos... Esses não tem empréstimos para pagar Terão outros problemas. Mas o que é vergonhoso é esta promiscuidade dos bancos em facilitar tudo para se ir buscar um cliente para crédito, para depois o esfolar vivo durante uma data de anos, sugando-o até ao tutano, muitas vezes deixando-o na miséria. O cliente incauto cai nisto, mas o mais experiente acaba por cair também. O consumismo, a fraca qualidade e pouca durabilidade dos bens que se compram, mesmo dos mais caros, as exigências sociais, etc, etc, etc, obrigam a recorrer ao crédito para fazer face à despesa que não se consegue pagar a pronto... Custa tão pouco como só o dobro daquilo que se pede. E para quê? Para isto. Lucros astronómicos para os Bancos. É o nosso dinheiro, meus caros, que vai engordando os porquinhos deles, e esmifrando os nossos.
6 comentários:
É certo que os bancos cobram muito, mas também é certo que se não fossem eles o pessoal ainda vivia todo na casa dos paizinhos.
Hoje em dia por muito que se queira custa conseguir poupar, e os donos dos bancos e dos "cofidis" é que aproveitam, estes ultimos então nem se fala!
Verdadíssima, caro T. Santos. mas também conheço muita gente que comprou casa para sair de casa dos pais, mas agora quem continua a providenciar as refeições, os tratamentos de roupa, e paga as prestações são os próprios pais... culpa da porcaria de empregos que há por aí, que não duram ou segundo, ou pagam uma miséria à malta.
Cofidizes, esses sim, verdadeiros usurários sugadores de dinheiro...
como já disse noutro blog... e tanta gente pobre, sem comer e tal, estes gajos sem mais nem menos... enfim tá bonito tá!
Como eu sei o que é isso carinha!
Estou ralando o mesmo aqui no Brasil. Se cuida amor e aquele abraço.
Às vezes gostava de deixar de ter dinheiro no banco. E que todos deixassem de o fazer também. Vê-los morrer à míngua. CABRÕES.
Mas porque é que esta gente pensa que é mais que os outros?!?
Um valente pinheiro no cu - no cu deles todos!!! Era o que mereciam...
A estes eu abomino. Mesmo. Mais do que o Bluerussian abomina a Carolina Salgado.
Um beijinho...
A bluerussian... desculpa o lapso!
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