quarta-feira, maio 10

Há lodo no CEJ

"O curso de Direito vai deixar de ser critério obrigatório para o acesso à magistratura. A licenciatura-base dos futuros juízes e procuradores do Ministério Público poderá ser noutras áreas do saber, desde a Economia à Sociologia.A ideia é "criar as melhores condições para que haja uma magistratura enriquecida e dotada de todas as competências para enfrentar a variedade dos problemas que se colocam na actualidade". Palavras do ministro da Justiça ontem no final da sessão de abertura de um seminário internacional realizado pelo Centro de Estudos Judiciários (CEJ).
Este evento, esclareceu Alberto Costa, marca o "início do processo de debate público sobre a reforma do acesso às magistraturas". O Governo quer as alterações concluídas ainda este ano.O seminário discutirá esta e outras questões durante dois dias, por iniciativa do CEJ, tendo o contributo dos conselhos superiores da Magistratura, do Ministério Público e da Ordem dos Advogados."A nossa ideia é favorecer tanto o acesso de pessoas com requisitos académicos que os qualifiquem para essas funções como também aqueles que, além dos requisitos académicos necessários, possuem experiências profissionais meritórias que as tornem valores que possam vir a enriquecer as magistraturas", observou Alberto Costa.
À semelhança do que acontece noutros países europeus, o ministro defendeu que não é de excluir à partida "outras competências" e profissões que "são muitas vezes incorporadas no próprio exercício da actividade da magistratura".Questionado pelo DN sobre quais as licenciaturas que poderão dar acesso ao CEJ, Alberto Costa disse "que só no final do debate público serão definidos com precisão os objectivos da referida reforma".
Abertura do CEJ a outros domínios do saber, como a psicologia, a sociologia, a economia, a gestão, a informática, tem vindo a ser defendida pela actual directora, Anabela Rodrigues, a primeira responsável não magistrada a assumir aquele cargo - por proposta do anterior ministro da Justiça Aguiar Branco. A sua nomeação causou alguma polémica, nomeadamente com a subsequente demissão de vário formadores.
Ontem, Anabela Rodrigues voltou a referir-se a "uma nova formação orientada pelo princípio do conhecimento multidisciplinar", que envolva "pessoas de diversas formações académicas". Aquela professora catedrática tem vindo a defender uma profunda e radical alteração da lei do CEJ, frisando que "o actual quadro legal é desadequado e desajustado às exigências, do ponto de vista quer da formação quer orgânico e funcional".Trata-se de um tema recorrente. A antiga ministra da Justiça, Celeste Cardona, teve, inclusive, pronto um projecto de lei que acabou na gaveta. Alberto Costa reabriu um debate polémico."

COMO??????????????
Eu acho que a interdisciplinaridade é uma necessidade, mas juízes sem curso de direito, NÃO!!!! Ok, já está a feijões a magistratura (o curso de direito ainda pior). 1º: é uma vergonha que quem defende isto seja uma professora da FDUC (eu gostava dela, quando foi minha professora!!!!), sabendo que a magistratura é uma saída profissional para os alunos de Direito - para os que conseguem, pelo menos - que tanto desemprego enfrentam. 2º: que fosse exigida aos juízes especialidade, isto é, cada juiz teria obrigatoriamente que se formar tecnicamente na área em que trabalha (fiscal, trabalho, administrativo, penal, civil, etc), e poderia fazer nesse campo a sua carreira - sem mudar de ramo de direito de dois em dois anos - , 3º: que os ingressos no CEJ exigissem a licenciatura em Direito + outra licenciatura (fosse qual fosse), como condição preferencial de entrada. Whatever. Mas sem curso de Direito, por mais rasco que seja? Com a soltura verbal crónica que há na nossa legiferação, como saberia um juiz aplicar a lei se não aprendeu regras de interpretação legal, de equidade, princípios legais, e essa macacada toda???!!!!!
Estou sem palavras.

4 comentários:

Anónimo disse...

Algo vai mal na Tugolandia. Não percebo muito do assunto, mas se algum dia precisar,nao gostaria de vir a saber que quem me julgou, foi um sapateiro e nao um profissional da area

tiago m disse...

ah eu bem sabia que a licenciatura em Direito não servia para nada… ora aí está a prova, eh eh eh

Sofia Melo disse...

Serve, serve: em coimbra, serve para se aprender como levar porrada durante uma data de anos - para nada. felizmente, muitos de nós ganham zanga à submissão de tal maneira, que ninguém mais nos põe a pata em cima - nem esses papalvos do CEJ. Eu estou disponível para integrar a maior revolta de juristas de sempre. se nos juntássemos todos, não havia poder político que aguentasse!

Anónimo disse...

E...NÃO SABE V. EXA. OS ESQUEMAS QUE EXISTEM LÁ DENTRO...FALO COM RAZÃO DE CIÊNCIA, SÃO ESCOLHIDAS AS MENINAS BONITAS PARA JUIZES...AUTENTICAS CATRAIAS, QUE ENCHEM A VISTA AOS FORMADORES, O PESSOAL DE MAIS IDADE É PRETERIDO….VÁ SE LÁ SABER PORQUÊ….E POR TANTOS INTERESSES MISERABILISTAS ESTAREM ESCONDIDOS CAI UMA DIRECÇÃO…COM RECTIFICAÇÕES E OUTRAS COISAS TERMINADAS EM ..«ÕES»…NOS ULTIMOS 2 ANOS!
Fiscalização ???? NÃO LÁ NÃO SE USA!!!! É O VATICANO DE PORTUGAL!