"Alexandre Estrela apresenta seis novas peças que partem da acção do grafitti e da utilização do "stencil" numa exposição sugestivamente intitulada 'Merda'. Até 2 de Julho no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.
A partir da acção obsessiva de um homem que tem manchado, ao longo dos anos, as fachadas dos prédios da Estrada de Benfica, em Lisboa, com um grafitti da palavra 'merda' exactamente de 15 em 15 metros, o artista Alexandre Estrela concebeu duas novas obras, peças centrais nesta exposição individual.
'Merda' é um livro de autor, numa edição de 500 exemplares, em que o artista gravou essa acção repetitiva de um homem que não conhece. Em fotografia, Estrela registou e transformou todas essas imagens num género de 'flipbook' em que, folheando rapidamente, conseguimos ver em forma de 'animação' a própria zona de Benfica com a palavra em questão constantemente repetida. 'Benfica', a outra peça central, é um vídeo em que vemos o autor a folhear obsessivamente cada um dos 500 exemplares da obra. O som do vídeo é agressivo e tem uma frequência precisa, chamada 'the brown tone', que supostamente activa no ouvinte uma enorme vontade de ir à casa de banho.
Para além destas obras, Estrela apresenta outras em que o 'stencil' e o grafitti são determinantes, como por exemplo, 'Bonjour Tristesse'. Estas palavras compõem um grafitti que foi colocado espontaneamente, em sinal de protesto, no topo de um edifício muito conhecido do arquitecto Álvaro Siza, em Berlim. Alexandre Estrela repetiu a acção escrevendo o mesmo grafitti na fachada do edifício da Anje (Associação Nacional de Jovens Empresários, em Algés), uma obra pouco falada e esquecida do mesmo arquitecto."
Original, no mínimo. E muito a propósito da conjuntura actual, pensarão muitos.
A partir da acção obsessiva de um homem que tem manchado, ao longo dos anos, as fachadas dos prédios da Estrada de Benfica, em Lisboa, com um grafitti da palavra 'merda' exactamente de 15 em 15 metros, o artista Alexandre Estrela concebeu duas novas obras, peças centrais nesta exposição individual.
'Merda' é um livro de autor, numa edição de 500 exemplares, em que o artista gravou essa acção repetitiva de um homem que não conhece. Em fotografia, Estrela registou e transformou todas essas imagens num género de 'flipbook' em que, folheando rapidamente, conseguimos ver em forma de 'animação' a própria zona de Benfica com a palavra em questão constantemente repetida. 'Benfica', a outra peça central, é um vídeo em que vemos o autor a folhear obsessivamente cada um dos 500 exemplares da obra. O som do vídeo é agressivo e tem uma frequência precisa, chamada 'the brown tone', que supostamente activa no ouvinte uma enorme vontade de ir à casa de banho.
Para além destas obras, Estrela apresenta outras em que o 'stencil' e o grafitti são determinantes, como por exemplo, 'Bonjour Tristesse'. Estas palavras compõem um grafitti que foi colocado espontaneamente, em sinal de protesto, no topo de um edifício muito conhecido do arquitecto Álvaro Siza, em Berlim. Alexandre Estrela repetiu a acção escrevendo o mesmo grafitti na fachada do edifício da Anje (Associação Nacional de Jovens Empresários, em Algés), uma obra pouco falada e esquecida do mesmo arquitecto."
Original, no mínimo. E muito a propósito da conjuntura actual, pensarão muitos.
Fonte: Público Online
3 comentários:
tenho para mim que queria transmitir qq coisa. Talvez pq escreveu isso exactamente de 15 em 15 metros... devia estar mesmo aborrecido com alguma coisa, não?
so lhe falta escrever merda com a própria merda. nem precisa de se sujar. caga no meio da rua, limpa ao papel, e com o papel escreve "merda" bem escrito e com um cheirinho agradável.
dá que pensar...
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