Considerações sobre assuntos de suma relevância, de relativa importância, de duvidosa congruência, e até mesmo sem qualquer tipo de interesse. Mas com muito Hot Fudge.
quarta-feira, dezembro 26
Rennie, Guronzan e água das pedras...
quinta-feira, dezembro 20
A TOOOOODOOOOS UM BOM NATAAAAAAAAL!!!
segunda-feira, dezembro 3
3 Vivas para o novo Bastonário
Quanto à Ordem, acredito que tende a melhorar com este homem no leme. Especialmente pela maneira como planeia defender os colegas mais jovens e as advogadas, que, até aqui, nem ter um filho podiam, porque a advocacia não conhecia tal coisa de licença de maternidade.
segunda-feira, novembro 19
Do pó ao pó (de uma maneira ou de outra)
Depois, sempre ficam ali os restos mortais, guardados num jardim mais ou menos bonito, consoante os casos, para lá irmos prestar homenagem e fazer uma visitinha. Mas, de facto, com tanta gente a morrer por aí, daqui a uns anos não há terrenos para cemitérios, especialmente se a construção não parar - e a menos que se inicie a construção de condomínios para a vida eterna, isto é, cemitérios de luxo: aí, onde vão enterrar-se os nossos mortos?
Na minha terra, um de cujus que não seja velado em casa é um triste que nem casa tem de jeito - para mim, são famílias que tem juízo, e depositam os seus falecidos na capela, não tendo que viver o resto da vida com a imagem daquela pessoa morta, ali na sala.
E depois, o ritual todo, o enterro, a procissão ao cemitério... arrepia-me.
É notícia do Publico que as cremações aumentaram radicalmente (4 vezes) em Lisboa, nos últimos 10 anos, e a tendência é nacional. Gente com juízo, também. E sempre se pode levar o potinho das cinzas para por em cima da lareira, e prestar homenagem todas as manhãs ao pequeno almoço.
domingo, novembro 18
Indignação
Por obra da minha cara amiga MIA (Obrigada, Mia), chegou ao meu e-mail esta carta de um cidadão português ao ministro das Finanças, que espelha a indignação face à nova política do governo na atribuição de capacidade para o trabalho a pessoas com doenças graves e totalmente incapacitantes:
"Ex.mo Senhor Ministro das Finanças
com o número de B.I. 8388517, do Arquivo de identificação de Lisboa,
contribuinte n.º152115870 vem por este meio junto de V.Ex.a para lhe fazer
uma proposta:
de CANCRO DE MAMA em 2004, foi operada em 6 Janeiro com a extracção radical
da mesma.
incapacidade de 80%, imagine, que deu origem a que a minha Esposa tenha
usufruído de alguns benefícios fiscais.
confirmam que para si o CANCRO é uma questão de só menos importância.
Considerando ainda, o facto de V. Ex.ª, coerentemente, querer que para o ano
seja retirado os benefícios fiscais, a qualquer um que ganhe um pouco mais
do que o salário mínimo, venho propor a V. Ex.ª o seguinte:
cumprimentos o dará à sua Esposa ou Filha.
b) Concomitantemente com esta oferta gostaria que aceitasse para a sua
Esposa ou Filha ainda:
c) os seis (6) tratamentos de quimioterapia.
e) a angustia e a ansiedade que nós sofremos antes, durante e depois.
f) os exames semestrais (que desperdício Senhor Ministro, terá que orientar
o seu colega da saúde para acabar com este escândalo).
h) A angústia em que vivemos permanentemente.
Esposa e os nossos sofrimentos eu DEVOLVEREI todos os benefícios fiscais de
que a minha Esposa terá beneficiado, pedindo um empréstimo para o fazer.
Penso sinceramente que é uma proposta justa e com a qual, estou certo, a sua
Esposa ou filha também estarão de acordo.
Grato pela atenção que possa dar a esta proposta, informo V.Ex.a que darei
conhecimento da mesma a Sua Ex.ª o Presidente da República, agradecendo
fervorosamente o apoio que tem dispensado ao seu Governo e a medidas como
esta e também o aumento de impostos aos reformados e outras...
Reservo-me ainda o direito (será que tenho direitos?) de divulgar esta carta
como muito bem entender.
Deus lhe perdoe, porque eu não posso (jamais) perdoar-lhe.
Atentamente> 19/Outubro/2007> Victor Lopes da Gama Cerqueira"
terça-feira, novembro 13
Já não se pode dizer nada... V
José Rodrigues dos Santos, pivot do canal Estatal, revelou há uns tempos que tinha havido umas irregularidades num tal concurso de admissão de jornalistas, irregularidades estas a que se pode chamar cunha, uma vez que a jornalista seleccionada pelo conselho de Administração foi a 4ª classificada... uma coisa já decorrida em 2004. Falou demais, pelo visto, porque a Administração da RTP lançou mão de um processo de despedimento com justa causa contra ele.
Perde a RTP...
Como disse, Professor????
Este senhor até foi meu professor, mas, que diabo lhe passou pela cabeça para dizer uma coisa destas??? Décadas de luta pela igualdade das partes processuais, e vem agora dizer que, ai e tal, os senhores juízes estão acima da plebe de trabalhadores da Administração Pública?? Porquê? Não recebem salário, como os outros? Recebem. Não têm sindicatos, como os outros? Têm. Não têm regalias sociais, como os outros? Oh, se têm. Ok, o regime disciplinar deles é menos... incisivo... mas o dos outros, ao fim e ao cabo.. também!!! Só falta dizer que os senhores juízes estão acima da lei... que até é o que mais parece... Prof. V.M., agora desiludiu-me (e ele que se rala com isso, mas pronto, desiludiu-me).
Sorry, colegas e amigos que hoje são juízes em início de carreira - mas tinha que dizer isto.
Já não se pode dizer nada...IV
Prefiro esperar pela cópia pirata
Portista como sou, nunca poderia compadriar com esta tipa a quem não chegou a estabilidade de um apartamento pago e um BMW. Queria mais, queria o jet set, queria a ribalta e ser uma senhora. Qualquer alternadeira ambiciona encontrar um papalvo que lhe pague as contas e lhe dê uma vida confortável. Esta não. Esta queria muito mais que isso, queria aparecer na Maria e na Lux Woman, fazer fotografias na mansão que outros pagaram, armar ao fino, vestir visons, ir a festas do High Society e viajar pelo mundo à pato, para depois ir lá ao bar de alterne mostrar às bielorussas e às brasileiras as fotografias que tirou na terra delas.
O Pintinho, coitado, peca por gostar deste tipo de mulher rasca. Uma pena. Já se deve ter arrependido milhões de vezes de ter levado esta para casa. Qualquer cão vadio agradece a mão que lhe dá conforto, esta tipa mordeu essa mão, cuspiu no prato que comeu e ainda se arroga ares de justiceira e paladina dos bons costumes!!!
O que esta tipa quer não é a moralização do futebol, está a borrifar-se para isso; é ficar na ribalta, é não ser esquecida após o Pintinho se ter fartado dela, é continuar a ser convidada para os eventos, é ser uma vedeta. E o que me irrita mais é que está a conseguir...
Quanto ao filme, está cheio de bons actores, mas deviam ter arranjado uma actriz mais velha, mais feia e mais foleira para fazer o papel da alternadeira. Assim prejudica-se o realismo da coisa. Sobretudo, deviam ter-lhe dado outro nome!!!!
Verei o filme, decerto, mas aguardo pela cópia pirata. Perdoem-me os actores, são os únicos que respeito, porque os restantes também são uma camada de oportunistas. Nem mais um cêntimo para essa aproveitadora, para que caia de uma vez no esquecimento.
Corrupção no futebol, essa sempre houve, sempre vai haver, haja quantos processos houver. Foi novidade para alguém? E o Pintinho não é, de longe, o único. deixem de pagar cotas dos clubes, deixem de pagar bilhetes de jogos, deixem de comprar camisolas oficiais, deixem de patrocinar. Assim, acabarão com a corrupção, e, já agora, com os salários milionários desses
sugadores emproados dos jogadores.
quinta-feira, novembro 8
Já não se pode dizer nada... III
quarta-feira, novembro 7
Como se engorda o porco deles
segunda-feira, outubro 22
Já não se pode dizer nada... II
terça-feira, outubro 2
Já não se pode dizer nada...
quarta-feira, setembro 26
O desafio - teve que ser
1. Pegar no livro mais próximo.
Achei piada, por isso, toca de meter o bedelho. Cá vai: o Livro é do António Marinho e Pinto, (ilustre advogado cá do burgo, polémico até à quinta casa, e que por acaso beneficia da minha admiração), chama-se "As Faces da Justiça" e, para quem quiser conferir, é um compêndio de críticas acutilantes e muito bem construídas ao nosso sistema judicial. Como a página 161 é dotada de poucas frases, e muito longas, tive que procurar a quinta frase completa já pág 162: "Nunca será totalmente derrotado o Estado ou nação que tratar com humanidade os presos ou prisioneiros de um conflito armado - seja qual for o desfecho final da guerra."
sábado, setembro 22
"Really perfect british crime" , the movie.
Acho que já ninguém duvida que o casal McCann tem culpa no cartório - deixei de acreditar na inocência deles desde o momento em que se percebeu que abandonaram crianças pequenas sozinhas em casa e foram embebedar-se. Depois disto, todas as atitudes deles, a meu ver, tendem a demonstrar a CULPA de quem fez asneira da grossa: enquanto a generalidade dos papalvos que, pelo mundo fora, acreditou piamente naquelas expressões doridas e no bonequito que a mulher nunca largou, estiveram a gozar umas belas férias no Algarve, pensão completa e mordomias, mediatismo quanto baste, para arrecadarem umas valentes maquias na conta da pobre Maddie, por esse mundo fora. Bem, quando a polícia portuguesa mostra o que vale, e os começa a apertar, os tipos voltam a correr para de onde nunca deviam ter saído - o país deles - porque por aqui já não rendia a farsa. Tinha que ser um juiz a por o pé na argola, e deixá-los abalar só com um simples TIR. Novidades?
Bem, depois de terem escolhido a dedo o advogado cá, um sedento de aparecer na ribalta, vão para Inglaterra contratar dois tubarões. Agora isto. Contrataram também o Bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses. E ele aceitou, que é pior. Que ele exerça advocacia enquanto bastonário, já é discutível. Agora, que opte por mandar a isenção às urtigas, e aceite meter-se num caso controverso como este, não me parece, a mim, atitude de um bastonário que se preze.
Mas afinal, quem paga isto tudo? Os McCann dizem que não vão usar os dinheiros do Fundo (angariado para ajudar a Maddie - neste caso, eles, como arguidos, nunca poderiam sequer ter acesso ao Fundo). Então, caramba, pudera eu ser médica na Inglaterra, os tipos ganham milhões, pois podem estar 4 meses a trabalhar, e ainda chega o dinheiro para contratar advogados de topo. Duvidoso, mesmo muito duvidoso.
Mas também vos digo: se foram buscar o Rogério Alves para que se exerça pressão sobre a polícia e os juízes, esqueçam lá isso, que a Ordem, em termos de instituição, está para o sistema como as pulgas para os cães - os juízes, nem lhes ligam - usam coleiras das boas - e a polícia, coça, atura-os, mas depois sacode um bocado e livra-se deles. Enquanto advogado... não sei, antes de ser bastonário, eu nunca tinha ouvido falar dele. Quem deve estar a roer-se de inveja foi o Júdice, que, depois de no Prós e Contras não ter tido vergonha de dizer o que disse em defesa dos McCann, devia estar à espera de ganhar ele o caso. Ferrou-se, e não deve estar nada contente. Bem feita.
Concluo com a explicação do meu guião para o filme, daqui a uns tempos (eu brinco com isto, mas ainda há-de ser verdade e os McCann ainda vão ganhar mais dinheiro com os direitos): o casal liquida a filha, move uma acção de sensibilização napoleónica, abre imediatamente um Fundo para angariação de dinheiro em todo o mundo, dinheiro esse que decerto utiliza para pagar a defesa luxuosa contra as acusações de terem provocado a morte da criança. Resultado, acabam por dar a volta ao sistema judicial da treta que é o português, ilibam-se com precisosimos formalistas (andam a estudar jurisprudência americana de um caso em que o juiz ilibou provas do género das deste caso...), e ainda se ficam a rir dos parolos que os apoiaram cegamente.
Tenho pena da Maddie e dos seus irmãos. Pobres crianças. A confirmarem-se estas suspeitas que exponho, não mereciam ter estes pais. Mereciam muito melhor.
terça-feira, setembro 18
... mas o sr. presidente dos bombeiros diz que a culpa não é da BT
Depois de ler, hoje, uma notícia do Jornal “Público” que dava conta das suas declarações acerca do incidente que culminou com a morte de um paciente, após ordem de paragem dada à ambulância pela BT da GNR, no seu trajecto para Ponte de Lima, não posso deixar de lhe exprimir o desapontamento que é ver um responsável de um corpo de bombeiros mostrar tal subserviência às forças da autoridade, e ainda tal sobreposição dos próprios interesses aos interesses da saúde pública e da vida dos utentes das ambulâncias.
O Sr. Presidente assaca responsabilidades a um centro de saúde e a uma empresa privada provavelmente porque o serviço de transporte do paciente não foi solicitado à sua corporação de bombeiros, mas sim a uma empresa privada. Estará no seu direito de pensar o que quiser, assim como eu estou no meu direito de lhe dizer o que penso, mas, de facto, parece-me um motivo não mais do que comezinho.
Decerto saberá, e se não sabe, é realmente vergonhoso, que QUALQUER viatura pode transitar em marcha de emergência, devidamente sinalizada, quer seja um carro particular, um táxi, ou ambulância, seja de que tipo for. A GNR pode e deve mandar parar a viatura em caso de observação de possível infracção, mas o seu dever é, assim que identifica a emergência, libertar a viatura que segue em emergência, de IMEDIATO, ou até escoltá-la até aos seu ponto de destino. Mais, caso, se verifique qualquer tipo de infracção, a GNR deve apontar a matrícula da viatura, e só a posteriori agir em conformidade. Mais até – o condutor da ambulância podia até nem ter parado face à ordem da GNR, pois justificaria facilmente essa transgressão com a emergência em que seguia.
O que está em questão, Sr. Presidente, é salvaguardar a vida do utente que segue em perigo de vida, e esta é um direito constitucional que sobrevale a qualquer contra-ordenação; fazer como fizeram aqueles agentes da GNR, é considerado omissão de auxílio, é crime, pois verificaram da veracidade da emergência e optaram por impedir o seguimento da ambulância, retendo-a 20 minutos.
Assim, a família do falecido tem TODO o direito de responsabilizar, criminal e disciplinarmente aqueles agentes, pois mostraram desrespeito quer por valores constitucionais, quer por regras penais e disciplinares.
Quanto ao Sr. Presidente, demonstra com as suas declarações à comunicação social, falta de conhecimento acerca deste tipo de valores, o que é inaceitável para uma pessoa que ocupa o cargo que V. Ex.cia ocupa – como presidente dos bombeiros Voluntários, cuja função primordial é salvaguardar a vida humana. Ademais, misturar com estes valores assuntos que mais têm a ver com as diferenças que existem entre si e outras instituições, é, permita-me dizer, no mínimo, mesquinho.
Com os melhores cumprimentos, "
EXMA SRA.
DEVE DIZER AQUILO QUE BEM ENTENDE, NÃO DEVE É PROVOCAR AS PESSOAS QUE DÃO MUITAS HORAS DAS SUAS VIDAS E COM SACRIFICIO DA PRÓPRIA FAMILIA, PARA SERVIR, VOLUNTÁRIAMENTE, TODA A COMUNIDADE.
SE DISSE O QUE DISSE, ASSUMO AS MINHAS RESPONSABILIDADES, COM CONHECIMENTO DE CAUSA, A SRA NÃO É NINGUEM PARA DIZER O QUE PENSA, SE NÃO SABE O QUE SE PASSA...
SE É INTELIGENTE, QUE DUVIDO, PENSE ....UMA PESSOA ENTRA EM DOIS HOSPITAIS, ESTEVE HORAS À ESPERA, MORRE, E ACULPA É DA B.T."
Com o devido respeito, a sua resposta confirma o que eu lhe disse.
As suas declarações, na posição que ocupa e de acordo com as responsabilidades sociais que tem, deveriam, a existir, ser imparciais, e sem qualquer tomada de partido – para si, o mais importante deveria ser a salvaguarda da vida humana, independente de quem é culpado ou não.
O facto de presidir a uma corporação de serviço voluntário (com todo o mérito que lhe é devido) não lhe atribui a faculdade de salvaguardar a posição de determinada entidade em detrimento de outras, especialmente quando a sua não se encontra envolvida, pelo menos publicamente.
Mais uma vez afirmo que, ao prestar estas declarações à comunicação social num assunto que não lhe dizia directamente respeito, não agiu de acordo com a sua posição e as suas responsabilidades.
Com certeza a GNR deverá ter departamento jurídico suficiente para defender a posição daqueles agentes, sem ser necessário ser o presidente dos Bombeiros Voluntários dos Arcos de Valdevez a tomar a cargo essa função.
Reitero: a BT, a meu ver, é culpada de não ter agido em conformidade com o código deontológico policial e ética profissional que lhes é exigida. No mínimo.
Aconselho-o a ler os comentários às suas declarações n’O Público, para saber o que pensa a maioria da comunidade que o senhor diz que serve tão arduamente:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1305164&idCanal=59&showComment=1#commentarios
No seu caso, “a palavra é de prata, mas o silêncio é de ouro” .
Com os melhores cumprimentos,
domingo, setembro 16
Paciente morre após BT ordenar paragem de ambulância
A vítima, com 54 anos, residente em Arcos de Valdevez, sentiu uma forte dor no peito na quinta-feira e foi transportada pela mulher ao Centro de Saúde daquele concelho. Foi então chamada uma ambulância para o transferir para o hospital de Ponte de Lima, numa viagem de aproximadamente 15 minutos.
«Em plena A28, a Brigada de Trânsito mandou parar a ambulância. Pediram documentos, fizeram o teste de alcoolemia por duas vezes ao condutor e perderam-se em formalidades, retendo ali a ambulância cerca de 20 minutos», explicou à agência Lusa o cunhado da vítima, Cesário Gomes.
Depois da paragem, «a Brigada seguiu a ambulância para se assegurar, junto do hospital, se o caso era, ou não, urgente» e assim determinar a autuação pela utilização das luzes de emergência. «Acabou por não autuar», disse a mesma fonte. Já o paciente morreu poucos minutos depois.
Quem é que nunca foi sujeito ao despotismo bacoco dos guardas da BT da GNR? Quase toda a gente já passou por isso. Perdoem-me os profissionais mais diligentes desta área, se os houver, mas, de facto, ainda que se entenda que o policiamento das estradas e a punição dos infractores são necessários, o cidadão comum é amiúde confrontado com estes senhores de calça justa, bota de cano alto de chapéu de marinheiro, plenos da arrogância própria do seu estatuto de bronco a quem foi dada uma farda e um carro topo de gama para conduzir, tudo a expensas de todos nós.
Nunca fui multada, não senhor. Mas já parei muitas vezes para confraternizar com estes senhores, evidentemente contra a minha vontade. Sempre me perguntei como é que estes tipos escolhiam os carros para mandar parar. Bem, em Albufeira (e em todo o país, provavelmente…), ou mandam parar os conhecidos, para receberem a sua gorjazinha costumeira, ou mandam parar carros de empresas, para ver se COMEÇAM a receber a mesma gorjazinha. Fora isso, e fora as operações STOP em rotundas, em que pára TODA A GENTE, nunca percebi o critério deles. Deve ser ao calhas.
Esta notícia choca qualquer um com o mínimo de sensibilidade. Mandar parar uma ambulância que vai a sinalizar emergência já é burrice. Depois, estar 20 minutos a engonhar depois de saber que está um paciente dentro da ambulância, isso então já é crime. Em menos de 20 minutos se nasce, em menos de 20 minutos se morre, e este senhor morreu por causa da negligência criminosa dos broncos da BT. E, ainda assim, os energúmenos ainda foram atrás da ambulância até ao Hospital de Ponte de Lima, só para conferir se era mesmo uma urgência. ERA mesmo. Acabaram por não multar, afinal… O que pensariam quando souberam, minutos depois, que o paciente morrera? Sentiriam a culpa, a angústia de terem causado uma morte? Duvido. Provavelmente, fizeram como sempre fazem quando tramam alguém: o esgarzinho irónico ao canto da boca, e a expressãozinha de desprezo “Azar”.
A família da vítima vai a tribunal com isto, e muito bem. Este excesso de zelo, este homicídio negligente, esta omissão de auxílio, esta mostra de infinita ignorância e falta de respeito para com a vida humana têm que ser punidas, criminal e disciplinarmente. O mais rápido possível. A filha da vítima, uma menina de 15 anos com paralisia cerebral, agora orfã de pai, merece isso.
quinta-feira, setembro 6
Arriverdeci, Pavarotti
quarta-feira, setembro 5
Mas também lá fui...
quinta-feira, julho 26
Afinal foi tudo por amor...
sábado, julho 21
Já não se pode confessar ideologias
O patronato nega ter proposto o despedimento por razões políticas ou ideológicas, dizendo que apenas pretende a alteração constitucional no sentido de abolir a possibilidade da reintegração do trabalhador no caso de despedimento ilícito sem justa causa. Duas notas a reter acerca disto: o patronato pretende, com isto, ter a possibilidade de despedir os trabalhadores seja porque motivo for, sem ser obrigado a, se a coisa der para o torto (em termos de averiguação da causa invocada - Subsecção III, da secção IV, do capítulo IX do Código do Trabalho), voltar a reintegrá-los. A obrigação centrar-se-ia apenas na indemnização, e todos sabemos os ardis que as empresas inventam para se escapar aos pagamentos - dificuldades económicas, "pagamos para o mês que vem", etc. Ora está bom de ver... se o patrão quiser despedir o trabalhador por conflito ideológico, fá-lo, e diz que é um despedimento sem justa causa. No caso de se tratar de um trabalhador daqueles sindicalistas acérrimos, o patrão livra-se do elemento perturbador na empresa, não terá que voltar a empregá-lo, e apenas tem que lhe pagar.
Uma outra nota é que o Governo se está a preparar para aprovar isto, desviando a atenção para o slogan "Não deixaremos que exista despedimento por razões políticas ou ideológicas!!! Somos uma democracia!!! Só vamos alterar metade do artigo da Constituição!!! " Pois sim senhor Primeiro Ministro, chama-se a isto atirar areia para os olhos das pessoas. Desvia-se a atenção sobre o problema da reintegração com a defesa da liberdade política. O observador mais atento percebe isto, mas tenho dúvidas se o grosso do eleitorado estará realmente alerta para o problema (não deve estar, dado o resultado das últimas eleições em Lisboa, em que se deu a vitória ao lacaio do governo, apesar de tanta crítica...).
Mais: quem não conhece casos em que as pessoas foram despedidas por razões ideológicas ou políticas??? Provar isso é difícil, eu sei. Mas os casos existem e são muitos. O trabalhador, honestamente e algumas vezes sem saber que está a ser inquirido nesse sentido, responde a perguntas de teor ideológico, e quando dá por isso, está metido numa embrulhada qualquer que acaba com o seu despedimento.
Eles andam aí... Para além de o emprego ser escasso, o que existe é precário, na sua maioria. O que ainda não é assim tão precário, a esse cria o governo condições para acabar de vez... DE QUEM é o interesse afinal?
terça-feira, julho 17
A.K.A - O Provedor
terça-feira, julho 10
Piropo atrevido
sexta-feira, julho 6
ZERO em Português!
OK. Pensei assim "Enganaram-se, é humano. Deixa ver quanto tempo levam a corrigir o erro.". Mas não. Até ao final do programa (fui alternando com outros canais, sob pena de estupidificar de vez...), não se alterou o placard - nada!.
Bonito: um placard com as cores da bandeira, o objectivo de nomear cidades portuguesas, e um erro de português, crasso, daqueles. Acho mal. Que comprem os programas à Espanha, pode ser, é a vida... mas pelo menos configurem os dizeres em português. É o mínimo. Já não bastam as patacoadas que a apresentadora lança boca fora, ostentando a sua total inexitência de actividade cerebral... agora isto. Será ela que faz os placards? Não me admirava. Assim, ela faz o concurso sozinha, coitadita, e não está ninguém na régie a ver o que está a ser transmitido. Porque se está... então é grave. Significa que o público a quem se dirige o programa é considerado diminuído intelectualmente, e não merece qualquer tipo de consideração, "vá de deixar os erros, que os broncos que estão a ver nem notam".
Pessoa que é pessoa sente-se ofendida. A TV em Portugal é uma valente porcaria, já o sabemos, mas isto é uma afronta para qualquer português. E isto especialmente no dia em que a TVI anunciou que domina as audiências. É claro que domina. Domina tanto, que já nem se dá ao luxo de ter cuidado com o português. A própria estação televisiva tem tanta consciência do baixo nível cultural da sua audiência, que ainda faz desta mais ignorante do que realmente é.
Sr. Moniz, qualquer pessoa com a 4ª classe sabe que aquilo é um erro crasso de português. Os padeiros, taxistas, enfermeiros, estudantes, guardas nocturnos, recepcionistas, polícias, etc, que trabalham ou estudam durante a noite não são analfabetos. Merecem a nossa consideração, o nosso respeito, e TV de jeito. Se essa é a sua ideia de prover a esta facção da população um concurso e algum entretenimento, ainda há muito a fazer.
E, por favor, para a próxima, tente recrutar apresentadoras que não pareçam transsexuais (com todo o respeito que estes merecem) e que pelo menos tenham feito a escola primária. É fundamental, em televisão, digo eu.
(Desculpem-me os que acham a rapariga alguma coisa de jeito. Eu sei que deve ser difícil recrutar gente de jeito para trabalhar àquelas horas.. mas, caramba, os centros de emprego estão cheios de moças, algumas provavelmente bem mais giras e inteligentes, que fariam um muito melhor trabalho!!!!)
sexta-feira, junho 22
Maquilhagem da loja dos 300
sexta-feira, junho 8
Até onde chega a falta de imaginação... e a burrice
sexta-feira, junho 1
Geração PC portátil + Banda Larga
terça-feira, maio 29
Mais uma do Supremo
quarta-feira, maio 23
Afinal é só em 2010
Vamos voltar a forrar os colchões
Azul e Branco
quinta-feira, maio 17
Ah, a eficiência!
Sim senhor, é bom ver que o nosso sistema de saúde finalmente tem um orçamento farto, que, à larga, tem cabimento para tudo. Povo, podem estar descansados que não há dinheiro para garantir cuidados de saúde primários em centros de saúde, maternidades,hospitais e CAP por esse país fora, nem para obviar às vastas listas de espera, nem para pagar horas extraordinárias a médicos, mas felizmente temos um governo que tem dinheiro a rodos para garantir que todas as mulheres que optam pela a IVG o façam dentro do prazo legal. Os meus parabéns.
Não vou voltar à novela do aborto. Quem quiser que o faça, pouco me importa. Mas gostava de ver os nossos políticos assim tão afoitos a resolver os problemas prementes do nosso quintal, nomeadamente na saúde, tal como a preocupação que estão a votar a isto... quem dera.