quarta-feira, dezembro 26

Rennie, Guronzan e água das pedras...

O Natal tem destas coisas, e o dia seguinte, também... hoje está tudo cá com uma vontade de trabalhar... vá, pessoal, 5 dias de "dieta" de restos das iguarias do Natal, e vá de preparar que daqui a uma semana já estamos em 2008, a recuperar do reveillon!...
Boas entradas!

quinta-feira, dezembro 20

A TOOOOODOOOOS UM BOM NATAAAAAAAAL!!!

Porque é Natal já no início da próxima semana, e porque ainda não despachei as prendas todas, ficam já aqui os votos de um grande Natal para todos, com muitos coros de Santo Amaro de Oeiras à volta dos ouvidinhos a tilintar músicas de Natal.
E já agora, umas boas entradas em 2008. Divirtam-se, não abusem, que as brigadas andam aí...

segunda-feira, dezembro 3

3 Vivas para o novo Bastonário

Tenho a dizer que há que saudar o novo bastonário da ordem dos Advogados. Apelidado de "perigoso" e "defensor dos descamisados e desempregados da advocacia" por muitos, nomeadamente pelo Marcelo Rebelo de Sousa (que nem advogado é...), expôs um plano que pode muito bem ajudar a mudar o rumo das coisas na Justiça. Também é jornalista, pelo que, penso eu, não terá qualquer problema em denunciar os males da justiça, em vez de os encobrir.
Quanto à Ordem, acredito que tende a melhorar com este homem no leme. Especialmente pela maneira como planeia defender os colegas mais jovens e as advogadas, que, até aqui, nem ter um filho podiam, porque a advocacia não conhecia tal coisa de licença de maternidade.
E depois, não corremos o risco de ver o bastonário dos advogados portugueses a defender dois arguidos ingleses, que nada mais fazem senão injuriar a justiça portuguesa, tal como fez o anterior bastonário - o Marinho e Pinto compromete-se a dedicar-se exclusivamente ao cargo de bastonário.
Mais: o Júdice demitiu-o porque ele falou mal dos juízes. Agora, vão todos ter que levar com ele e é muito bem feita....

segunda-feira, novembro 19

Do pó ao pó (de uma maneira ou de outra)


Detesto velórios. Funerais, pior ainda, especialmente se for de gente conhecida, ou da família. Ver gente morta, coberta por um pano ou um vidro, no meio dos entrefolhos do cetim de um caixão é, no mínimo, de tirar o sono nessa noite.
Realmente, entende-se o porquê de, nos primórdios, os nossos antepassados optarem por enterrar os mortos, pois, por um lado, os cadáveres em putrefacção nunca foram bons vizinhos, e, por outro lado, ninguém gostaria de ver um ente querido a ser devorado por abutres, minhocas ou coisa pior.
Depois, sempre ficam ali os restos mortais, guardados num jardim mais ou menos bonito, consoante os casos, para lá irmos prestar homenagem e fazer uma visitinha. Mas, de facto, com tanta gente a morrer por aí, daqui a uns anos não há terrenos para cemitérios, especialmente se a construção não parar - e a menos que se inicie a construção de condomínios para a vida eterna, isto é, cemitérios de luxo: aí, onde vão enterrar-se os nossos mortos?
Na minha terra, um de cujus que não seja velado em casa é um triste que nem casa tem de jeito - para mim, são famílias que tem juízo, e depositam os seus falecidos na capela, não tendo que viver o resto da vida com a imagem daquela pessoa morta, ali na sala.
E depois, o ritual todo, o enterro, a procissão ao cemitério... arrepia-me.
É notícia do Publico que as cremações aumentaram radicalmente (4 vezes) em Lisboa, nos últimos 10 anos, e a tendência é nacional. Gente com juízo, também. E sempre se pode levar o potinho das cinzas para por em cima da lareira, e prestar homenagem todas as manhãs ao pequeno almoço.

domingo, novembro 18

Indignação

Por obra da minha cara amiga MIA (Obrigada, Mia), chegou ao meu e-mail esta carta de um cidadão português ao ministro das Finanças, que espelha a indignação face à nova política do governo na atribuição de capacidade para o trabalho a pessoas com doenças graves e totalmente incapacitantes:

"Ex.mo Senhor Ministro das Finanças

Victor Lopes da Gama Cerqueira, cidadão eleitor e contribuinte deste País,
com o número de B.I. 8388517, do Arquivo de identificação de Lisboa,
contribuinte n.º152115870 vem por este meio junto de V.Ex.a para lhe fazer
uma proposta:


A minha Esposa, Maria Amélia Pereira Gonçalves Sampaio Cerqueira, foi vítima
de CANCRO DE MAMA em 2004, foi operada em 6 Janeiro com a extracção radical
da mesma.


Por esta "coisinha" sem qualquer importância foi-lhe atribuída uma
incapacidade de 80%, imagine, que deu origem a que a minha Esposa tenha
usufruído de alguns benefícios fiscais.
Assim, e tendo em conta as suas orientações, nomeadamente para a CGA, que
confirmam que para si o CANCRO é uma questão de só menos importância.
Considerando ainda, o facto de V. Ex.ª, coerentemente, querer que para o ano
seja retirado os benefícios fiscais, a qualquer um que ganhe um pouco mais
do que o salário mínimo, venho propor a V. Ex.ª o seguinte:
a) a devolução do CANCRO de MAMA da minha Mulher a V. Ex.ª que, com os meus
cumprimentos o dará à sua Esposa ou Filha.
b) Concomitantemente com esta oferta gostaria que aceitasse para a sua
Esposa ou Filha ainda:
c) os seis (6) tratamentos de quimioterapia.
d) os vinte e oito (28) tratamentos de radioterapia.
e) a angustia e a ansiedade que nós sofremos antes, durante e depois.
f) os exames semestrais (que desperdício Senhor Ministro, terá que orientar
o seu colega da saúde para acabar com este escândalo).
g) ansiedade com que são acompanhados estes exames.
h) A angústia em que vivemos permanentemente.
Em troca de V. Ex.ª ficar para si e para os seus com a doença da minha
Esposa e os nossos sofrimentos eu DEVOLVEREI todos os benefícios fiscais de
que a minha Esposa terá beneficiado, pedindo um empréstimo para o fazer.
Penso sinceramente que é uma proposta justa e com a qual, estou certo, a sua
Esposa ou filha também estarão de acordo.
Grato pela atenção que possa dar a esta proposta, informo V.Ex.a que darei
conhecimento da mesma a Sua Ex.ª o Presidente da República, agradecendo
fervorosamente o apoio que tem dispensado ao seu Governo e a medidas como
esta e também o aumento de impostos aos reformados e outras...
Reservo-me ainda o direito (será que tenho direitos?) de divulgar esta carta
como muito bem entender.
Como V. Ex.ª não acreditará em Deus (por se considerar como tal...) e por
isso dorme em paz, abraçando e beijando os seus, só lhe posso desejar que
Deus lhe perdoe, porque eu não posso (jamais) perdoar-lhe.


Atentamente> 19/Outubro/2007> Victor Lopes da Gama Cerqueira"

terça-feira, novembro 13

Já não se pode dizer nada... V

Isto hoje está muito produtivo, deve ser por ser dia 13... mas prometo que esta é a ultima.

José Rodrigues dos Santos, pivot do canal Estatal, revelou há uns tempos que tinha havido umas irregularidades num tal concurso de admissão de jornalistas, irregularidades estas a que se pode chamar cunha, uma vez que a jornalista seleccionada pelo conselho de Administração foi a 4ª classificada... uma coisa já decorrida em 2004. Falou demais, pelo visto, porque a Administração da RTP lançou mão de um processo de despedimento com justa causa contra ele.
Perde a RTP...

Como disse, Professor????

"Deve considerar-se constitucionalmente infundada e politicamente errada a qualificação dos juízes como funcionários ou trabalhadores da administração pública."
Vital Moreira, Público

Este senhor até foi meu professor, mas, que diabo lhe passou pela cabeça para dizer uma coisa destas??? Décadas de luta pela igualdade das partes processuais, e vem agora dizer que, ai e tal, os senhores juízes estão acima da plebe de trabalhadores da Administração Pública?? Porquê? Não recebem salário, como os outros? Recebem. Não têm sindicatos, como os outros? Têm. Não têm regalias sociais, como os outros? Oh, se têm. Ok, o regime disciplinar deles é menos... incisivo... mas o dos outros, ao fim e ao cabo.. também!!! Só falta dizer que os senhores juízes estão acima da lei... que até é o que mais parece... Prof. V.M., agora desiludiu-me (e ele que se rala com isso, mas pronto, desiludiu-me).
Sorry, colegas e amigos que hoje são juízes em início de carreira - mas tinha que dizer isto.

Já não se pode dizer nada...IV

Desta vez foi no país de nuestros hermanos... dois cartoonistas abusaram da sorte e desenharam sua alteza o Príncipe em pleno acto de concubinato com a sua realíssima esposa, e olhem no que deu. Só não percebo se a Família Real se ofendeu com o facto de alguém pensar que eles tem destas coisas como os comuns mortais, ou se foi por transparecer no desenho que Sua Alteza Real não faz nenhum (O personagem do cartoon dizia que se a sua parceira engravisasse de novo, seria como que o seu único trabalho, dada a política do governo espanhol prever a atribuição de 2500 € por cada bébé nascido no país). ..

Prefiro esperar pela cópia pirata

NÃO VOU VER O FILME ao cinema, está claro. Não engordarei nem em um cêntimo a conta bancária dessa senhora, que tem muito bom corpo para trabalhar, lá no bar de alterne de onde nunca devia ter saído, ou melhor, de onde o Pintinho nunca a devia ter tirado.
Portista como sou, nunca poderia compadriar com esta tipa a quem não chegou a estabilidade de um apartamento pago e um BMW. Queria mais, queria o jet set, queria a ribalta e ser uma senhora. Qualquer alternadeira ambiciona encontrar um papalvo que lhe pague as contas e lhe dê uma vida confortável. Esta não. Esta queria muito mais que isso, queria aparecer na Maria e na Lux Woman, fazer fotografias na mansão que outros pagaram, armar ao fino, vestir visons, ir a festas do High Society e viajar pelo mundo à pato, para depois ir lá ao bar de alterne mostrar às bielorussas e às brasileiras as fotografias que tirou na terra delas.
O Pintinho, coitado, peca por gostar deste tipo de mulher rasca. Uma pena. Já se deve ter arrependido milhões de vezes de ter levado esta para casa. Qualquer cão vadio agradece a mão que lhe dá conforto, esta tipa mordeu essa mão, cuspiu no prato que comeu e ainda se arroga ares de justiceira e paladina dos bons costumes!!!
O que esta tipa quer não é a moralização do futebol, está a borrifar-se para isso; é ficar na ribalta, é não ser esquecida após o Pintinho se ter fartado dela, é continuar a ser convidada para os eventos, é ser uma vedeta. E o que me irrita mais é que está a conseguir...
Quanto ao filme, está cheio de bons actores, mas deviam ter arranjado uma actriz mais velha, mais feia e mais foleira para fazer o papel da alternadeira. Assim prejudica-se o realismo da coisa. Sobretudo, deviam ter-lhe dado outro nome!!!!
Verei o filme, decerto, mas aguardo pela cópia pirata. Perdoem-me os actores, são os únicos que respeito, porque os restantes também são uma camada de oportunistas. Nem mais um cêntimo para essa aproveitadora, para que caia de uma vez no esquecimento.
Corrupção no futebol, essa sempre houve, sempre vai haver, haja quantos processos houver. Foi novidade para alguém? E o Pintinho não é, de longe, o único. deixem de pagar cotas dos clubes, deixem de pagar bilhetes de jogos, deixem de comprar camisolas oficiais, deixem de patrocinar. Assim, acabarão com a corrupção, e, já agora, com os salários milionários desses
sugadores emproados dos jogadores.
Desculpem lá... mas é que isto irrita-me mesmo.

quinta-feira, novembro 8

Já não se pode dizer nada... III

E desta vez é com o Tribunal de Contas, que deixou escapar ao "Sol" informação sobre o resultado, ainda não publicado, de uma auditoria às contas das Estradas de Portugal, que pelo visto são mais um monstrinho sugador de dinheiros públicos para benefícios mais privados que públicos.... e ainda dizem que dão prejuízo!!
Já para não falar nos funcionários de instituições obrigadas a segredo profissional, que se vendem aos jornalistas como rameiras de beira de estrada...
Eu já não sei o que é pior - saber ou não saber, eis a questão.

quarta-feira, novembro 7

Como se engorda o porco deles

Eu pago a minha casa, tu também pagas, eles pagam o carro, nós pagamos o computador, vós pagais a mobília da sala, eles pagam ainda a máquina de lavar roupa. É assim que se conjugam verbos como o "Crédito à habitação", "Leasing" e "Crédito pessoal", entre outros. A classe média, média-baixa, e até mesmo média-alta, vivem este terror diário de contar tostões para conseguir pagar todos os malfadados empréstimos que se vão contraindo para fazer face à desgraceira que é o custo de vida que temos. Oferecem-nos dinheiro pelos olhos dentro, os bancos. É tudo tão fácil, como assinar o nosso nome num papel. E assinamos, depois, todos os meses nos vamos apercebendo de mais alguma coisita que não nos explicaram, ou não quisemos ouvir, e que é menos boa para nós. E a prestação cai. As prestações todas, para quem recorre muito, por vício ou por necessidade, ao crédito.
Duas classes ficam de fora - a classe alta, que não tem qualquer problema, pois, recorrendo muito ao crédito como é seu hábito, se não pagar, ninguém chateia, e ainda oferecem mais créditos aprovados (veja-se o caso do filho do Jardim Gonçalves... ele sim, tem pais ricos, não precisou do BES, resolveu o problema no BCP). A Classe baixa, essa, divide-se em duas: a que vive de expedientes e do rendimento mínimo, à custa do que todos nós andamos a pagar, recusando-se a trabalhar, porque é sempre melhor ter tempo para gastar o dinheiro do subsídio, e a que trabalha precariamente, ganha e vive mal, a quem os bancos recusam sequer que se sentem nas cadeiras do atendimento para créditos... Esses não tem empréstimos para pagar Terão outros problemas. Mas o que é vergonhoso é esta promiscuidade dos bancos em facilitar tudo para se ir buscar um cliente para crédito, para depois o esfolar vivo durante uma data de anos, sugando-o até ao tutano, muitas vezes deixando-o na miséria. O cliente incauto cai nisto, mas o mais experiente acaba por cair também. O consumismo, a fraca qualidade e pouca durabilidade dos bens que se compram, mesmo dos mais caros, as exigências sociais, etc, etc, etc, obrigam a recorrer ao crédito para fazer face à despesa que não se consegue pagar a pronto... Custa tão pouco como só o dobro daquilo que se pede. E para quê? Para isto. Lucros astronómicos para os Bancos. É o nosso dinheiro, meus caros, que vai engordando os porquinhos deles, e esmifrando os nossos.

segunda-feira, outubro 22

Já não se pode dizer nada... II

Andamos cá uma maré.... Meus amigos, há que ter tento na língua, que não se pode mesmo dizer nada. Desta vez, é um procurador-geral na berlinda, e cheira-me que deixou de estar nas boas graças do poder - falou demais, desabafou, e agora, tem que se explicar ao povão. Não que ao povão interesse, quem sofre com as escutas nem sequer é o cidadão comum, digo eu - as autoridades querem lá saber do carteirista, do traficante miúdo e do proxeneta - o que interessa é arranjar podres de gente conhecida, para vender ao 24 horas e ao Sol... mas os políticos, especialmente, ficaram todos com os respectivos dérrières (e já se sabe, quem tem dérrière, tem medo...) a arder - pudera, sabe-se lá o que se pode andar aí a escutar...
O senhor falou e agora, aguente-se. Das duas uma (que ainda não percebi muito bem qual): ou o Homem acha perfeitamente normal que se escute o pessoal à brava, à imagem dos tempos pidescos (não que eu ache isso absolutamente mal, desde que apenas no decurso de investigação de suspeitos de crimes, e que os que se escutou fique em segredo de justiça, como deve, e seja apenas usado para fins de investigação criminal), ou então aquilo foi um desabafo de quem já está farto de não conseguir controlar as coisas... e aí, é mau...
Isto costumava ser um país de expressão livre... mas todo o jardim idílico tem a sua cercazita, não é?

terça-feira, outubro 2

Já não se pode dizer nada...

"Pela boca morre o peixe" é o ditado que melhor caracteriza este país neste momento. Há pessoas despedidas, incomodadas, admoestadas, criticadas por falar demais: somos um país de tagarelas, está visto.

Mais uma vez, o caso "Maddie". Li no Público a notícia de hoje sobre o terrível thriller que se está a tornar este caso. Terrível, pelo crime que provavelmente foi cometido, mais terrível ainda pela maneira como, provavelmente, anda a ser encoberto...


O Coordenador da PJ de Portimão, Gonçalo Amaral, foi demitido desse cargo, por ter dito ao DN que a polícia inglesa só anda a investigar as pistas que mais convinham ao casal McCann, dicas e informações por estes fornecidas e trabalhadas.


Duas notas, apenas: se o homem disse isto, sabendo de certeza as consequências que daí adviriam, é porque a mostarda lhe chegou ao nariz, e transbordou - e aí, há que ver o fundo da questão: se é verdade, e até acredito que seja, qual seria o interesse do homem em ser despedido por mentir?! A ser assim, mais uma vez se pode antever o futuro deste caso - o arquivamento.


A outra nota: OK. Concordo que, na posição do homem, talvez ele tenha falado demais, talvez a Direcção Nacional da PJ entenda que esta atitude atiça o sentimento de revolta contra os McCann que já por aí paira, e que isto fere o segredo de justiça (qual segredo????). O Ministro da Justiça referiu a clara colaboração entre as autoridades portuguesas e inglesas (pois, pois...), e à não relevância destas declarações do Coordenador. Bem, tanto não relevou, que o demitiram. Foi talvez para dar o exemplo. E que tal decapitarem-no em praça pública por ter dito mal dos nossos irmãos ingleses?? Também dava o exemplo... Realmente....
Seja como for, o homem exprimiu o que lhe moía a paciência, e isso é que me preocupa (não a paciência dele, mas a verdade das declarações).
Cegos, surdos e mudos, temos nós que ser hoje em dia...

quarta-feira, setembro 26

O desafio - teve que ser

Há coisas destas, na Blogosfera. Fui eu retribuir a visita a um vizinho, e dei por mim a cuscar de tal maneira que acabei por entrar num desafio que corre por aí:
1. Pegar no livro mais próximo.
2. Abri-lo na página 161.
3. Procurar a quinta frase completa.
4. Transcrever a referida frase no blog.
5. Não vale escolher a melhor frase nem o melhor livro (usar obrigatoriamente o mais próximo).
6. Finalmente, passar o desafio a cinco pessoas.

Achei piada, por isso, toca de meter o bedelho. Cá vai: o Livro é do António Marinho e Pinto, (ilustre advogado cá do burgo, polémico até à quinta casa, e que por acaso beneficia da minha admiração), chama-se "As Faces da Justiça" e, para quem quiser conferir, é um compêndio de críticas acutilantes e muito bem construídas ao nosso sistema judicial. Como a página 161 é dotada de poucas frases, e muito longas, tive que procurar a quinta frase completa já pág 162: "Nunca será totalmente derrotado o Estado ou nação que tratar com humanidade os presos ou prisioneiros de um conflito armado - seja qual for o desfecho final da guerra."

And the nominees are: SGuadalupe, da Bicicleta, Casemiro dos Plásticos, T. Santos, do Teltos, LFM, do Desculpe Qualquer Coisinha, e Mia, do Mia, Amigos & Companhia.
Divirtam-se.

sábado, setembro 22

"Really perfect british crime" , the movie.

É nestas alturas que me envergonho deste país, dos lacaios lambe-botas que não deixam trabalhar quem realmente o sabe fazer, e da subserviência parola face a gente que não tem nada a ver connosco. Vamos ser sempre um país medíocre, enquanto houver esta atitude.
Acho que já ninguém duvida que o casal McCann tem culpa no cartório - deixei de acreditar na inocência deles desde o momento em que se percebeu que abandonaram crianças pequenas sozinhas em casa e foram embebedar-se. Depois disto, todas as atitudes deles, a meu ver, tendem a demonstrar a CULPA de quem fez asneira da grossa: enquanto a generalidade dos papalvos que, pelo mundo fora, acreditou piamente naquelas expressões doridas e no bonequito que a mulher nunca largou, estiveram a gozar umas belas férias no Algarve, pensão completa e mordomias, mediatismo quanto baste, para arrecadarem umas valentes maquias na conta da pobre Maddie, por esse mundo fora. Bem, quando a polícia portuguesa mostra o que vale, e os começa a apertar, os tipos voltam a correr para de onde nunca deviam ter saído - o país deles - porque por aqui já não rendia a farsa. Tinha que ser um juiz a por o pé na argola, e deixá-los abalar só com um simples TIR. Novidades?
Bem, depois de terem escolhido a dedo o advogado cá, um sedento de aparecer na ribalta, vão para Inglaterra contratar dois tubarões. Agora isto. Contrataram também o Bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses. E ele aceitou, que é pior. Que ele exerça advocacia enquanto bastonário, já é discutível. Agora, que opte por mandar a isenção às urtigas, e aceite meter-se num caso controverso como este, não me parece, a mim, atitude de um bastonário que se preze.
Agora vejamos - o que fizeram os criminosos da Casa Pia? Contrataram tubarões, para enrolar a nossa débil justiça, e estão a fazê-lo com as maior das pintas. Os McCann, estão a fazer exactamente o mesmo: meus caros, quem não deve, não teme - esta atitude demonstra claramente a culpa no cartório por terem dado cabo da miúda, pois querem os melhores para ir buscar o diabo ao inferno, se preciso for, para sairem desta sem um arranhão.
Mas afinal, quem paga isto tudo? Os McCann dizem que não vão usar os dinheiros do Fundo (angariado para ajudar a Maddie - neste caso, eles, como arguidos, nunca poderiam sequer ter acesso ao Fundo). Então, caramba, pudera eu ser médica na Inglaterra, os tipos ganham milhões, pois podem estar 4 meses a trabalhar, e ainda chega o dinheiro para contratar advogados de topo. Duvidoso, mesmo muito duvidoso.
Mas também vos digo: se foram buscar o Rogério Alves para que se exerça pressão sobre a polícia e os juízes, esqueçam lá isso, que a Ordem, em termos de instituição, está para o sistema como as pulgas para os cães - os juízes, nem lhes ligam - usam coleiras das boas - e a polícia, coça, atura-os, mas depois sacode um bocado e livra-se deles. Enquanto advogado... não sei, antes de ser bastonário, eu nunca tinha ouvido falar dele. Quem deve estar a roer-se de inveja foi o Júdice, que, depois de no Prós e Contras não ter tido vergonha de dizer o que disse em defesa dos McCann, devia estar à espera de ganhar ele o caso. Ferrou-se, e não deve estar nada contente. Bem feita.
Concluo com a explicação do meu guião para o filme, daqui a uns tempos (eu brinco com isto, mas ainda há-de ser verdade e os McCann ainda vão ganhar mais dinheiro com os direitos): o casal liquida a filha, move uma acção de sensibilização napoleónica, abre imediatamente um Fundo para angariação de dinheiro em todo o mundo, dinheiro esse que decerto utiliza para pagar a defesa luxuosa contra as acusações de terem provocado a morte da criança. Resultado, acabam por dar a volta ao sistema judicial da treta que é o português, ilibam-se com precisosimos formalistas (andam a estudar jurisprudência americana de um caso em que o juiz ilibou provas do género das deste caso...), e ainda se ficam a rir dos parolos que os apoiaram cegamente.
Tenho pena da Maddie e dos seus irmãos. Pobres crianças. A confirmarem-se estas suspeitas que exponho, não mereciam ter estes pais. Mereciam muito melhor.

terça-feira, setembro 18

... mas o sr. presidente dos bombeiros diz que a culpa não é da BT

O Público Online de hoje noticiava a resposta a esta notícia da morte do paciente que seguia na ambulância que foi mandada parar pela BT da GNR. Mas, estranhamente, a resposta não vinha da GNR, mas sim do Presidente dos Bombeiros dos Arcos de Valdevez, que assaca responsabilidades apenas ao centro de saúde, por erro na triagem, e por ter chamado uma empresa privada de ambulâncias para transportar o doente ao hospital de Ponte de Lima, sendo esta, por sua vez, ainda responsável por não ter as ambulâncias adequadas para fazer as emergências: "Para o presidente dos Voluntários de Arcos de Valdevez, Luís Sá, a BT "apenas fez o seu papel", já que "viu uma ambulância do tipo A-1, que não pode fazer urgências, com as luzes de emergência ligadas e alegadamente a cometer algumas infracções ao Código da Estrada e mandou-a parar, para ver o que se estava a passar". "A mim parece-me que os principais responsáveis são o centro de saúde, que terá feito uma má triagem e uma má escolha do transporte para a transferência do doente, e a empresa privada, que aceitou fazer um serviço para o qual sabe que não tem competência", referiu Luís Sá. ", rezava o artigo do Público.
Ora, demasiado indignada com este senhor por estar a meter o bedelho onde não era chamado, pois não era da família do senhor que morreu nem as ambulâncias eram suas, apenas se deduzindo que deve ter quota na GNR, enviei um e-mail para ele (bvavv@sapo.pt, para vossa informação), para lhe dar conta da minha opinião, como é meu direito. O meu e-mail dizia o seguinte:
"Ex.mo Senhor Presidente dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez
Depois de ler, hoje, uma notícia do Jornal “Público” que dava conta das suas declarações acerca do incidente que culminou com a morte de um paciente, após ordem de paragem dada à ambulância pela BT da GNR, no seu trajecto para Ponte de Lima, não posso deixar de lhe exprimir o desapontamento que é ver um responsável de um corpo de bombeiros mostrar tal subserviência às forças da autoridade, e ainda tal sobreposição dos próprios interesses aos interesses da saúde pública e da vida dos utentes das ambulâncias.
O Sr. Presidente assaca responsabilidades a um centro de saúde e a uma empresa privada provavelmente porque o serviço de transporte do paciente não foi solicitado à sua corporação de bombeiros, mas sim a uma empresa privada. Estará no seu direito de pensar o que quiser, assim como eu estou no meu direito de lhe dizer o que penso, mas, de facto, parece-me um motivo não mais do que comezinho.
Decerto saberá, e se não sabe, é realmente vergonhoso, que QUALQUER viatura pode transitar em marcha de emergência, devidamente sinalizada, quer seja um carro particular, um táxi, ou ambulância, seja de que tipo for. A GNR pode e deve mandar parar a viatura em caso de observação de possível infracção, mas o seu dever é, assim que identifica a emergência, libertar a viatura que segue em emergência, de IMEDIATO, ou até escoltá-la até aos seu ponto de destino. Mais, caso, se verifique qualquer tipo de infracção, a GNR deve apontar a matrícula da viatura, e só a posteriori agir em conformidade. Mais até – o condutor da ambulância podia até nem ter parado face à ordem da GNR, pois justificaria facilmente essa transgressão com a emergência em que seguia.
O que está em questão, Sr. Presidente, é salvaguardar a vida do utente que segue em perigo de vida, e esta é um direito constitucional que sobrevale a qualquer contra-ordenação; fazer como fizeram aqueles agentes da GNR, é considerado omissão de auxílio, é crime, pois verificaram da veracidade da emergência e optaram por impedir o seguimento da ambulância, retendo-a 20 minutos.
Assim, a família do falecido tem TODO o direito de responsabilizar, criminal e disciplinarmente aqueles agentes, pois mostraram desrespeito quer por valores constitucionais, quer por regras penais e disciplinares.
Quanto ao Sr. Presidente, demonstra com as suas declarações à comunicação social, falta de conhecimento acerca deste tipo de valores, o que é inaceitável para uma pessoa que ocupa o cargo que V. Ex.cia ocupa – como presidente dos bombeiros Voluntários, cuja função primordial é salvaguardar a vida humana. Ademais, misturar com estes valores assuntos que mais têm a ver com as diferenças que existem entre si e outras instituições, é, permita-me dizer, no mínimo, mesquinho.
Com os melhores cumprimentos,
"
Ofendi alguém? Não me parece. Olhem a resposta pronta que me mandaram, sem assinar sequer, e em maiúsculas e tudo:
"De: bvavv@sapo.pt [mailto:bvavv@sapo.pt]
Enviada: terça-feira, 18 de Setembro de 2007 19:16
Assunto: DESASTRADO TEXTO

EXMA SRA.
DEVE DIZER AQUILO QUE BEM ENTENDE, NÃO DEVE É PROVOCAR AS PESSOAS QUE DÃO MUITAS HORAS DAS SUAS VIDAS E COM SACRIFICIO DA PRÓPRIA FAMILIA, PARA SERVIR, VOLUNTÁRIAMENTE, TODA A COMUNIDADE.
SE DISSE O QUE DISSE, ASSUMO AS MINHAS RESPONSABILIDADES, COM CONHECIMENTO DE CAUSA, A SRA NÃO É NINGUEM PARA DIZER O QUE PENSA, SE NÃO SABE O QUE SE PASSA...
SE É INTELIGENTE, QUE DUVIDO, PENSE ....UMA PESSOA ENTRA EM DOIS HOSPITAIS, ESTEVE HORAS À ESPERA, MORRE, E ACULPA É DA B.T."
Bem, parece que o senhor presidente, se é que foi ele que respondeu, ficou ofendido. como não sou de me ficar, respondi-lhe da seguinte maneira:
"Caro senhor,
Com o devido respeito, a sua resposta confirma o que eu lhe disse.
As suas declarações, na posição que ocupa e de acordo com as responsabilidades sociais que tem, deveriam, a existir, ser imparciais, e sem qualquer tomada de partido – para si, o mais importante deveria ser a salvaguarda da vida humana, independente de quem é culpado ou não.
O facto de presidir a uma corporação de serviço voluntário (com todo o mérito que lhe é devido) não lhe atribui a faculdade de salvaguardar a posição de determinada entidade em detrimento de outras, especialmente quando a sua não se encontra envolvida, pelo menos publicamente.
Mais uma vez afirmo que, ao prestar estas declarações à comunicação social num assunto que não lhe dizia directamente respeito, não agiu de acordo com a sua posição e as suas responsabilidades.
Com certeza a GNR deverá ter departamento jurídico suficiente para defender a posição daqueles agentes, sem ser necessário ser o presidente dos Bombeiros Voluntários dos Arcos de Valdevez a tomar a cargo essa função.
Reitero: a BT, a meu ver, é culpada de não ter agido em conformidade com o código deontológico policial e ética profissional que lhes é exigida. No mínimo.
Aconselho-o a ler os comentários às suas declarações n’O Público, para saber o que pensa a maioria da comunidade que o senhor diz que serve tão arduamente:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1305164&idCanal=59&showComment=1#commentarios
No seu caso, “a palavra é de prata, mas o silêncio é de ouro” .
Com os melhores cumprimentos,
Acredito que me volte a responder, até porque não me parece a primar pela sensatez, senão tinha ficado calado em vez de mostrar a todos a dor de cotovelo porque o centro de saúde chamou um serviço privado em vez dos bombeiros. Isto numa situação em que morreu uma pessoa porque demorou 30 minutos a chegar ao hospital, em vez de 10 minutos como deveria ter sido, POR CAUSA DA GNR, SIM SENHOR!!!. Seja de quem for a culpa, um representante dos bombeiros devia ter aquela morte em conta, respeitá-la e à dor da família, e não aproveitá-la para fazer chicana contra quem lhe apetece.
Ou então este senhor é advogado e vai patrocinar a defesa dos agentes da GNR.... isso já não sei... sei é que é capaz de se safar de umas multas nos próximos tempos com a cantilena do "eu estou por vocês, senhores guardas", lá isso é.

domingo, setembro 16

Paciente morre após BT ordenar paragem de ambulância

"Um homem morreu em Ponte de Lima depois de a ambulância que o transportava ter estado parada cerca de 20 minutos, por ordem da Brigada de Trânsito, alegadamente por utilizar sinalização de emergência." Li esta notícia no AEIOU Quiosque, ainda agora.

A vítima, com 54 anos, residente em Arcos de Valdevez, sentiu uma forte dor no peito na quinta-feira e foi transportada pela mulher ao Centro de Saúde daquele concelho. Foi então chamada uma ambulância para o transferir para o hospital de Ponte de Lima, numa viagem de aproximadamente 15 minutos.

«Em plena A28, a Brigada de Trânsito mandou parar a ambulância. Pediram documentos, fizeram o teste de alcoolemia por duas vezes ao condutor e perderam-se em formalidades, retendo ali a ambulância cerca de 20 minutos», explicou à agência Lusa o cunhado da vítima, Cesário Gomes.

Depois da paragem, «a Brigada seguiu a ambulância para se assegurar, junto do hospital, se o caso era, ou não, urgente» e assim determinar a autuação pela utilização das luzes de emergência. «Acabou por não autuar», disse a mesma fonte. Já o paciente morreu poucos minutos depois.

Quem é que nunca foi sujeito ao despotismo bacoco dos guardas da BT da GNR? Quase toda a gente já passou por isso. Perdoem-me os profissionais mais diligentes desta área, se os houver, mas, de facto, ainda que se entenda que o policiamento das estradas e a punição dos infractores são necessários, o cidadão comum é amiúde confrontado com estes senhores de calça justa, bota de cano alto de chapéu de marinheiro, plenos da arrogância própria do seu estatuto de bronco a quem foi dada uma farda e um carro topo de gama para conduzir, tudo a expensas de todos nós.

Nunca fui multada, não senhor. Mas já parei muitas vezes para confraternizar com estes senhores, evidentemente contra a minha vontade. Sempre me perguntei como é que estes tipos escolhiam os carros para mandar parar. Bem, em Albufeira (e em todo o país, provavelmente…), ou mandam parar os conhecidos, para receberem a sua gorjazinha costumeira, ou mandam parar carros de empresas, para ver se COMEÇAM a receber a mesma gorjazinha. Fora isso, e fora as operações STOP em rotundas, em que pára TODA A GENTE, nunca percebi o critério deles. Deve ser ao calhas.

Esta notícia choca qualquer um com o mínimo de sensibilidade. Mandar parar uma ambulância que vai a sinalizar emergência já é burrice. Depois, estar 20 minutos a engonhar depois de saber que está um paciente dentro da ambulância, isso então já é crime. Em menos de 20 minutos se nasce, em menos de 20 minutos se morre, e este senhor morreu por causa da negligência criminosa dos broncos da BT. E, ainda assim, os energúmenos ainda foram atrás da ambulância até ao Hospital de Ponte de Lima, só para conferir se era mesmo uma urgência. ERA mesmo. Acabaram por não multar, afinal… O que pensariam quando souberam, minutos depois, que o paciente morrera? Sentiriam a culpa, a angústia de terem causado uma morte? Duvido. Provavelmente, fizeram como sempre fazem quando tramam alguém: o esgarzinho irónico ao canto da boca, e a expressãozinha de desprezo “Azar”.

A família da vítima vai a tribunal com isto, e muito bem. Este excesso de zelo, este homicídio negligente, esta omissão de auxílio, esta mostra de infinita ignorância e falta de respeito para com a vida humana têm que ser punidas, criminal e disciplinarmente. O mais rápido possível. A filha da vítima, uma menina de 15 anos com paralisia cerebral, agora orfã de pai, merece isso.

quinta-feira, setembro 6

Arriverdeci, Pavarotti

A ideia pré-concebida que a maioria tem acerca dos tipos das óperas é, digo eu, que possuem aquele pedantismo próprio dos eruditos, e que se acham acima de qualquer tipo de elemento artístico, porque representam a cultura na sua faceta mais clássica.
Não digo que muitos não sejam assim, que são. Mas bom de ver é quando isso não acontece, e vemos um artista reconhecidíssimo da área clássica valorizar a cultura mais pop-rock, misturar-se com ela, e ainda sair a ganhar com isso.
Luciano Pavarotti, 71 anos, morreu esta madrugada em sua casa (Modena, Itália), vencido por um cancro. Morreu novo. Morreu entre família e amigos, como sempre gostou de estar.
Considerado o maior tenor do Mundo, desde o desaparecimento de Caruso (1921), este homem de larga figura não tinha a arrogância dos clássicos, e era a voz mais cara do mundo, que não hesitou em juntar-se a artistas da Pop-Rock (Bono, Sting, Mariah Carey, Ricky Martin, Maná, Laura Pausini, Deep Purple, Lionel Richie, Queen, sei lá....) por diversas causas, ou sem elas.
Presto homenagem ao Homem, ao Tenor. Tenho vários discos dele, gostava de o ouvir. E acho que muitos concordarão comigo, era um tipo que parecia bonacheirão, simpático. Talentoso.
Arriverdeci, Pavarotti.
Público

quarta-feira, setembro 5

Mas também lá fui...

OK. Acabei por lá ir. O Algarve tem o Zoomarine. Porque não? 4 dias não ia fazer mal nenhum...
Sim: gente a montes, confusão a montes, um dia de chuva (sim, aquele das cheias) em que o povo todo se juntou na estrada da Guia para um mega drive-convívio em direcção ao Shopping Algarve, em que só faltavam os DJ's convidados (eu, como não poderia deixar de ser, não podia faltar a esse grandioso evento que é um monumental engarrafamento...), enfim, a barafunda local costumeira desta época.
Mas tive sorte. Os restantes dias foram absolutamente compensadores. O Zoomarine, a fazer agora 15 anos, que eu conheço praticamente desde o 1º dia (em que os tubarões eram do tamanho de cavalas) é sempre um espaço fantástico, e todos os anos tem uma inovação qualquer, apesar as diversões mesmo á maneira só no próximo ano estarem prontas, penso eu de que... é que eu adoro parques aquáticos (recomendo o Slide & Splash, em Lagoa), e o Zoomarine terá tobogans e mais piscinas, que ainda estão em fase de construção.
Tenho a felicidade de ter alojamento numa zona óptima, sem grande estrilho, e mesmo ao pé da praia. Os dois dias de praia, apesar de ser na 2ª quinzena de Agosto, foram absolutamente fabulosos - a água, que já nesta altura do mês costumava estar mais fria, estava um caldo morno que só visto - um espectáculo.
Duas praias, mesmo ao lado uma da outra: uma mais conhecida, mais pequena, que serve a localidade, com acesso fácil e rodeado de lojas, a outra, de acesso próprio a jipes, e que serve um hotel. A primeira, cheia de tugas; a segunda, cheia de estrangeiros. Qual a diferença? A barafunda, a falta de civismo, a sujidade, na primeira, e a tranquilidade, a educação e a limpeza na segunda. Apesar de, na segunda praia, passar o tipo das bolas de berlim, das túnicas e t-shirts, dos óculos e dos relógios, de 2 em 2 minutos, não havia gente em cima uns dos outros (daquele tipo: ai ali há muito espaço, mas vou aqui por as coisas em cima destes, porque aqui é que deve ser bom...), não havia gente a enterrar lixo na areia, nem crianças a fazer xixi ao pé da água e nas rochas, nem cães, nem gente a jogar raquetes no meio das toalhas, nem berraria saloia, nem falar ao telemóvel aos berros para toda a gente ver que Vejam, eu até tenho um telemóvel e estou aqui a irritar os meus amigos que estão a trabalhar... Disto, havia aos montes na 1ª praia. Alguma conclusão?
Enfim, lá fui. E gostei. Tive sorte com os dias, e com o sítio. O resto do buliço de Albufeira, dispenso. Mas o roteiro praia- casa-praia foi óptimo, valeu a pena.
Até porque os comes.... também não eram maus... :) (a data está errada, só depois é que vi...)




quinta-feira, julho 26

Afinal foi tudo por amor...

A Figueira da Foz anda num rebuliço (e não é só por causa das tias enrugadas e cor-de-barro que se passeiam pela marginal...). Tudo por causa de um senhor espanhol que entrou nuns quantos bancos para fazer um levantamento, sem ter lá conta, não olhando a meios para atingir fins, inclusive matando guardas civis (espanhóis).
O Currículo do senhor já todos os sabem, não tem dado outra coisa nos telejornais.
No entanto, li n' "As Beiras" de hoje que o móbil desta vida de crime, afinal, era deixar de ser "Solitário": o rapaz, como tantos outros por esse mundo fora (só em Bragança, valha-me Deus...), apaixonou-se por uma brasileira de Ribeirão Preto, São Paulo, e assaltava bancos para poder enviar-lhe quantias de dinheiro periodicamente, e para poder ter uma vida descansada lá no Brasil, comprar a sua casinha, abrir uma empresa dedicada à produção de álcool para automóveis, um tema a que "O Solitário" dedicava bastante tempo ( conforme documentação encontrada na casa do assaltante em Las Rozas, nos arredores de Madrid), enfim, gozar uma reforma do crime ao lado do seu grande amor.
Ao que parece, este assalto da Figueira poderia ser o último da carreira do senhor, uma vez que se preparava para comprar o seu bilhete só de ida para a terra do verde e amarelo.
Os 30 assaltos renderam-lhe 700 mil euros. Nada mau para um novo começo...
Mentira ou não, esta história da brasileira acabará sempre por trazer uma apaziguação dos animos em relação ao criminoso: "Coitado, ele só queria uma nova vida, e a felicidade".
Só que disso andamos todos à procura, e não andamos todos a assaltar bancos e a matar polícias.
E agora, apanhado, vai responder cá por tentativa de assalto, posse ilegal de armas, falsificação de documentos e de chapas de matrícula; depois, sob ordem de Espanha, responderá lá pela imensidade de assaltos e pelos homicídios, pelo menos.
A ser verdade o romance de cordel, daqui a nada está a dizer-se que a culpa é da brasileira, autora moral do crime. E quem sabe... será que ela vem cá visitá-lo à choldra?

sábado, julho 21

Já não se pode confessar ideologias

Estava a ler o jornal esta manhã, e eis que salta à vista a notícia de que o governo não deixará que a lei permita os despedimentos por razões políticas ou ideológicas. Ao que parece, as associações patronais andaram a propor ao governo alterações à Constituição da República Portuguesa (CRP), que no seu artigo 53º prevê que "É garantida aos trabalhadores a segurança no emprego, sendo proibidos os despedimentos sem justa causa ou por motivos políticos ou ideológicos. ".
O patronato nega ter proposto o despedimento por razões políticas ou ideológicas, dizendo que apenas pretende a alteração constitucional no sentido de abolir a possibilidade da reintegração do trabalhador no caso de despedimento ilícito sem justa causa. Duas notas a reter acerca disto: o patronato pretende, com isto, ter a possibilidade de despedir os trabalhadores seja porque motivo for, sem ser obrigado a, se a coisa der para o torto (em termos de averiguação da causa invocada - Subsecção III, da secção IV, do capítulo IX do Código do Trabalho), voltar a reintegrá-los. A obrigação centrar-se-ia apenas na indemnização, e todos sabemos os ardis que as empresas inventam para se escapar aos pagamentos - dificuldades económicas, "pagamos para o mês que vem", etc. Ora está bom de ver... se o patrão quiser despedir o trabalhador por conflito ideológico, fá-lo, e diz que é um despedimento sem justa causa. No caso de se tratar de um trabalhador daqueles sindicalistas acérrimos, o patrão livra-se do elemento perturbador na empresa, não terá que voltar a empregá-lo, e apenas tem que lhe pagar.
Uma outra nota é que o Governo se está a preparar para aprovar isto, desviando a atenção para o slogan "Não deixaremos que exista despedimento por razões políticas ou ideológicas!!! Somos uma democracia!!! Só vamos alterar metade do artigo da Constituição!!! " Pois sim senhor Primeiro Ministro, chama-se a isto atirar areia para os olhos das pessoas. Desvia-se a atenção sobre o problema da reintegração com a defesa da liberdade política. O observador mais atento percebe isto, mas tenho dúvidas se o grosso do eleitorado estará realmente alerta para o problema (não deve estar, dado o resultado das últimas eleições em Lisboa, em que se deu a vitória ao lacaio do governo, apesar de tanta crítica...).
Mais: quem não conhece casos em que as pessoas foram despedidas por razões ideológicas ou políticas??? Provar isso é difícil, eu sei. Mas os casos existem e são muitos. O trabalhador, honestamente e algumas vezes sem saber que está a ser inquirido nesse sentido, responde a perguntas de teor ideológico, e quando dá por isso, está metido numa embrulhada qualquer que acaba com o seu despedimento.
Eles andam aí... Para além de o emprego ser escasso, o que existe é precário, na sua maioria. O que ainda não é assim tão precário, a esse cria o governo condições para acabar de vez... DE QUEM é o interesse afinal?

terça-feira, julho 17

A.K.A - O Provedor

Mais um habitante da blogosfera, mais um crítico de costumes, enfim, um distinto cavalheiro que vê muita televisão, mas com o fim altruísta de prover à informação do povo e à crítica (des)construtiva daquilo que entende merecê-lo.
Digno de uma visita.

terça-feira, julho 10

Piropo atrevido

Um tipo passeia-se numa rua do Porto, com a sua namorada. Passam perto de umas obras, e há um trabalhador da construção civil que se atreve a atirar um piropo à rapariga - qualquer coisa como "Linda menina, papava-te toda" (nem o tribunal apurou ao certo o que foi dito). O namorado, zeloso da honra da rapariga, e, indignado com o atrevimento do trolha, interpela-o, perguntando-lhe se precisava de uns óculos. Os trabalhadores da obra ainda lhe perguntaram o que é que ele queria, ele ainda pegou, ameaçadoramente, num pedaço de madeira, e o despique entre uns e outros continuou por uns momentos. Não sabemos quel foi a intervenção da rapariga visada pelo piropo, nem sequer se gostou ou não. Mais tarde, o namorado, ainda enraivecido, entra no restaurante onde almoça o trolha, espeta-lhe uma faca de 24 cm de lâmina na barriga, vingando assim tão vil e condenável atitude do trolha perante o amor da sua vida. Matou o trolha, vingou a honra da sua amada. Depois disto, o empregado do restaurante, amigo do "vingador", lava a arma do crime, e depois junta-a aos outros talheres do restaurande, encobrindo o sucedido. Espero que a ASAE tenha sabido disto.
Ora bem, resultou este drama de faca (literalmente) e alguidar foram 11 anos de prisão para o homicida, e 1 ano, suspenso por 2, para o empregado do restaurante, pelo encobrimento.

Ponto nº 1: o homicida já não era flor que se cheirasse - cadastrado por vários furtos e roubos. Já tinha lidado com a justiça, era um frequentador assíduo dos tribunais. O crime que cometeu, para o Ministério Público, foi um homicídio qualificado, dada a especial censurabilidade - motivo fútil. Punível de 12 a 25 anos. O Colectivo de Juízes condenou-o por homicídio simples, porque foi motivado pelo conflito em si, e não pelo piropo. Isto porque os trolhas, e o atrevido em particular, nada fizeram para evitar o conflito. Ora: os trolhas atiram piropos, de 5 em 5 minutos, às pessoas da rua. Algumas respondem, outras não. Acho que é uma coisa que não choca ninguém, porque ninguém lhe dá importância. Mas acho que ninguém está à espera q uma pessoa vá esfaquear mortalmente um trolha por ter atirado um piropo - ISSO é que não é normal. Se ainda tivesse acontecido, na altura do "conflito", uma rixa, ou qualquer coisa do género, ainda vá. Mas o agressor foi à procura, friamente, do trolha, momentos depois, e esfaqueou-o enquanto almoçava. Eu juntava-lhe premeditação. Até contou com cúmplice e tudo. 11 anos é pouco.

Ponto nº 2: Alguém perguntou à rapariga o que ela achava do assunto? O piropo era para ela, não para o namorado. Também lhe cabia a ela apaziguar as coisas e acalmar os ânimos. Mas não. Provavelmente até incentivou. E essa atitude degenerou no sucedido. O trolha nunca poderia prever que um simples piropo seu pudesse resultar na sua morte.

Ponto nº 3: 11 anos é pouco. Em menos de 5 está cá fora, e ele sabe disso. Daí a atitude descontraída em tribunal. E matou por uma razão estúpida. Matou friamente por causa de um piropo. Um piropo à namorada, que, uma vez que ele vai dentro, provavelmente o vai deixar.

Enfim... o que tenho a dizer é: Trolhas de Portugal, tenham cuidado!

sexta-feira, julho 6

ZERO em Português!

Juro que pensei que não ia falar nisto outra vez. A sério. mas de vez em quando, entra-nos pelas televisões adentro cada aberração, que é impossível ficar calado perante o desconcerto que invade o espírito.
Ora bem - mais uma vez, o "Toca a ganhar" da TVI. Madrugada de 3 para 4 de Julho, mais ou menos pelas 3h. TV cabo a dar seca, e zapping com ela. TVI - lá começa a algaraviada do costume. Como normalmente se trata de um programa que tem o seu "quê" de "deixa lá ver qual é a parvoíce de hoje", deixei começar. Bem, o objectivo era que as pessoas ligassem a dizer nomes de cidades portuguesas que contivessem a letra L. Nada de especial, a não ser a maneira como a pergunta estava exposta no placard (abstraiam-se da data da foto, está errada...):


OK. Pensei assim "Enganaram-se, é humano. Deixa ver quanto tempo levam a corrigir o erro.". Mas não. Até ao final do programa (fui alternando com outros canais, sob pena de estupidificar de vez...), não se alterou o placard - nada!.

Bonito: um placard com as cores da bandeira, o objectivo de nomear cidades portuguesas, e um erro de português, crasso, daqueles. Acho mal. Que comprem os programas à Espanha, pode ser, é a vida... mas pelo menos configurem os dizeres em português. É o mínimo. Já não bastam as patacoadas que a apresentadora lança boca fora, ostentando a sua total inexitência de actividade cerebral... agora isto. Será ela que faz os placards? Não me admirava. Assim, ela faz o concurso sozinha, coitadita, e não está ninguém na régie a ver o que está a ser transmitido. Porque se está... então é grave. Significa que o público a quem se dirige o programa é considerado diminuído intelectualmente, e não merece qualquer tipo de consideração, "vá de deixar os erros, que os broncos que estão a ver nem notam".

Pessoa que é pessoa sente-se ofendida. A TV em Portugal é uma valente porcaria, já o sabemos, mas isto é uma afronta para qualquer português. E isto especialmente no dia em que a TVI anunciou que domina as audiências. É claro que domina. Domina tanto, que já nem se dá ao luxo de ter cuidado com o português. A própria estação televisiva tem tanta consciência do baixo nível cultural da sua audiência, que ainda faz desta mais ignorante do que realmente é.

Sr. Moniz, qualquer pessoa com a 4ª classe sabe que aquilo é um erro crasso de português. Os padeiros, taxistas, enfermeiros, estudantes, guardas nocturnos, recepcionistas, polícias, etc, que trabalham ou estudam durante a noite não são analfabetos. Merecem a nossa consideração, o nosso respeito, e TV de jeito. Se essa é a sua ideia de prover a esta facção da população um concurso e algum entretenimento, ainda há muito a fazer.

E, por favor, para a próxima, tente recrutar apresentadoras que não pareçam transsexuais (com todo o respeito que estes merecem) e que pelo menos tenham feito a escola primária. É fundamental, em televisão, digo eu.

(Desculpem-me os que acham a rapariga alguma coisa de jeito. Eu sei que deve ser difícil recrutar gente de jeito para trabalhar àquelas horas.. mas, caramba, os centros de emprego estão cheios de moças, algumas provavelmente bem mais giras e inteligentes, que fariam um muito melhor trabalho!!!!)

sexta-feira, junho 22

Maquilhagem da loja dos 300

Segundo o público de hoje, "O número de inscritos nos centros de emprego caiu 13 por cento em Maio, abaixo da barreira dos 400 mil (397.482), o que equivale a menos 59.527 indivíduos do que no mesmo mês de 2006, avança hoje o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Entre Abril e Maio, o número de inscritos também demonstrou uma tendência de queda, recuando 5,5 por cento em Maio face ao mês precedente — menos 23.203.O IEFP avança que 92,3 por cento dos indivíduos inscritos nos centros estão à procura de um novo emprego."
Ora, ora, ora... o que os portugueses, na sua maioria, não sabem, é que esta conversa é mais uma operação de maquilhagem: ou então é uma GRANDE coincidência, o fato de a maior parte dos estágios PEPAL (Programa de estágios profissionais da Administração local), começou nos primeiros dias de Maio....
Meus senhores, isto já é uma repetição do que aconteceu o ano passado por esta altura: assim que os estágios do PEPAP (Programa de estágios da Administração pública) começaram, vieram logo os senhores do poder encher a boca para dizer que o desemprego baixou drasticamente. Sim senhor, viva o governo. No fim, mandaram os estagiários para a rua, sem direito a subsidio de desemprego sequer, e mesmo que houvesse vagas abertas, e ninguém da mobilidade para preencher. E ainda acham que os estagiários lhe deviam agradecer pela suma abébia que deram ao deixar ingressar na função pública por um ano... Whatever.
Resultado, este ano em Abril, nova vaga de desempregados. Mas, no entanto, eis que surge um PEPAL! e lá despacham mais umas centenas valentes de desempregados e recém-licenciados dos centros de emprego. Mas já sabemos: para o ano, por esta altura, estão cá todos - e depois, vão inventar o quê? O PEPAG (programa de estágios profissionais da administração governamental)? Lá que provavelmente era uma boa ideia... era.
Maquilhagem, meus senhores... e da foleira.

sexta-feira, junho 8

Até onde chega a falta de imaginação... e a burrice

Eu percebo que a TVI tenha em conta que existe muita gente a trabalhar nos turnos da noite, cidadãos que estão nos seus empregos, muitas vezes pouco acompanhados, e a precisar de um pouco de distracção, ou gente que está a estudar, ou simplesmente não consegue dormir. Percebo até que queira criar um concurso que permita a estes cidadãos ter os seus 5 segundos de fama e a oportunidade de ganhar uns trocos fáceis, pela TV, essa grande caixinha que mudou o mundo.
Mas convenhamos: criar um programa estúpido, com uma apresentadora muito mais estúpida que o programa, com jogos estúpidos e um faz-se-conta-que-temos-milhões-a-ligar-para-aqui, parece-me um abuso.

Ora o concurso passa entre as 3 e as 4h da madrugada, é apresentado por uma rapariguinha (liliana Aguiar??) que muito deve à inteligência e à capacidade de apresentar concursos (acho que ela apareceu num Big Brother qualquer, tinham-na arrumado, não faço ideia porque raio a foram desenterrar...), e consiste num placard dividido em quadrados, cada um com seu valor em euros, com uma palavra escondida, e todas as palavras têm um tema por noite. Os participantes tem que ligar para o nº, e se forem a chamada nº 50, ficam em directo para dizerem uma palavra, a ver se acertam, e ganham o valor correspondente.

Até aqui, nada de especial, durante o dia a TVI também tem coisas destas - e não é só a TVI.

Mas, de facto, o programa é uma nulidade: eu vi alguns logo no início - havia no máximo umas 3 chamadas por programa (sempre com o barulho irritante de um telefone - falso - de fundo); a apresentadora parecia nunca ter estado à frente de uma cãmara de TV, e só dizia baboseiras para encher o tempo, para além de não conseguir acompanhar o teleponto - tal não deve ser a dificuldade na leitura... - e, volta e meia, estar a ler tal e qual uma criança na 1ª classe. E nem com os cartões se safava.

Pensei assim: "isto é de estar no princípio, vá"... mas fiquei desconfiada. Ontem tirei a prova... a rapariga está cada vez pior, agora o entusiasmo é notoriamente falso, associado ao nervosismo infantil, e a um português medonho. No fundo, só ali está para mostrar o decote, também não se pode exigir muito mais. Mais: os telefonemas agora são todos atendidos, de certeza absoluta, porque a cada 3 ou 4 minutos, atendem um fulano qualquer - e provavelmente são funcionários da TVI...

Mas, enfim, ontem o tema eram "Coisas de cor verde". Os prémios mais baixos estavam em coisas como Uvas, Maçã, Kiwi, e fiquei a saber que os Sapos são verdes, e não castanhos, ... Tartarugas-ninja também faziam parte do quadro, e mais: o prémio maior estava em Kriptonite....

Numa noite de insónia, experimentem ver esta pérola.

Imagens: TVI e Jornal de Notícias

sexta-feira, junho 1

Geração PC portátil + Banda Larga

Segundo informação retirada do Portal do Cidadão, "Os estudantes que se inscreverem no 10.º ano no próximo ano lectivo terão acesso a um computador portátil com ligação de banda larga, a preços determinados em função do rendimento do respectivo agregado familiar, anunciou ontem o Primeiro-Ministro, José Sócrates, no debate mensal agendado sob o tema "Acesso às Tecnologias de Informação e Competitividade"."
Ora, isto funcionará assim - os alunos beneficiários dividir-se-ão em 3 escalões:
1- Os que tem o PC sem qualquer custo + Banda Larga a 5€/mês durante 3 anos - benef. da acção escolar;
2- Os que tem o PC sem qualquer custo + Banda Larga a 15€/mês durante 3 anos - famílias com baixos rendimentos;
3- Os que pagam 150 € pelo PC, e têm um desconto de 5€ na mensalidade da Banda Larga.
Mais se poderão candidatar ao Programa os professores do ensino Básico e Secundário, e os cidadãos inscritos no Programa Novas Oportunidades, que poderão ter o benefício 2, acima descrito.
A notícia não diz onde é que o Governo vai buscar o financiamento para a compra dos PC... mas diz que, em relação à Banda Larga, houve um acordo com os operadores nas condições de licenciamento da 3ª geração móvel - com a criação de um fundo no Ministério das Obras públicas.
Bem, não vou dizer que está mal. Não vou desmerecer a medida. Mas há que ter em atenção: não somos um país rico, e, a menos que uma das grandes marcas resolva oferecer cerca de 240 mil pc's portáteis (o Governo diz que é esse o nº previsto de beneficiários), vai sair carote. E, claro, ganham os operadores, pois é o Governo que vai custear as obras para intalação de infraestruturas para a UMTS... e até posso imaginarde quantos anos vão ser as obrigações de permanência na rede móvel....
Bem, a miudagem é que se vai passar de contente... net à pala, em pc portátil, sem papás a controlar... é o delírio. Mas seja, afinal, esta é a sociedade da informação....

terça-feira, maio 29

Mais uma do Supremo

A pedofilia é um crime grave. Gravíssimo. Se querem saber, um crime equiparado ao homicídio. Os (poucos) tipos que são apanhados beneficiam, infelizmente, de uma lei penal permissiva e que não tem minimamente em conta os traumas que ficam com as vítimas para o resto da vida.
Notícia de hoje (Público): O Supremo Tribunal de Justiça reduziu a pena a um pedófilo condenado em Celorico da Beira por abusos sexuais a 4 menores. De uma pena de 7 anos e 5 meses, passou a pena para 5 anos. E porquê? Entre outras razões, que eu não vejo quais, porque um dos menores tinha 13 anos, já despertou para a puberdade, e nessa idade já pode praticar actos sexuais conforme a sua vontade, dizendo-se no acórdão que o Tribunal de Celorico valorizou em demasia os crimes sexuais... Ora muito bem, sim senhor. Sabemos que os adolescentes hoje em dia são muito precoces, é um facto. Mas não significa que possuam sempre o discernimento e a autodeterminação suficientes para evitar o aliciamento daqueles que tem as piores intenções possíveis. Outro dos argumentos do Supremo é a boa imagem social, estrutura familiar sólida e integração na comunidade, por parte do arguido - no meu entender, caríssimos, isso é pior. Gente que não gera desconfiança, age ao abrigo da boa consideração de que beneficia na sociedade, e encobre muito mais facilmente os seus crimes. Se era bem visto, este pedófilo deveria ser punido mais gravemente porque decerto usou disso para cometer os abusos. E para se manter longe de suspeitas. E mais: se tinha uma estrutura familiar adequada e sólida, boa imagem social, mais condenável é o facto de ter escolhido cometer estes crimes.
Ser racional é poder optar entre o crime e a lei. Ele pôs de parte a lei, praticou o crime. Não foi obrigado a fazê-lo.
Sic transit gloria mundi....

quarta-feira, maio 23

Afinal é só em 2010

Em relação ao post anterior, resultado de uma notícia que li no publico esta manhã, um desmentido - o Presidente da SIBS disse, entretanto, que afinal a entradaem vigor do novo sistema europeu está prevista para 2010, e não para 2008, e que não se prevêm aumentos de preços nos serviços.
Bem, partindo do princípio que foi ele que prestou as declarações que constam no post abaixo (ao Diário de Notícias), será de concluir que ou o senhor Vítor Bento anda muito confuso, ou há algo que não devia saber-se que escapuliu....
Esperamos para ver. Aliás, não temos outro remédio.

Vamos voltar a forrar os colchões

Ah, pois.
Vejam só que boa notícia: "As operações no Multibanco poderão passar a ser pagas a partir de 2008, fruto da entrada em vigor do sistema único de pagamentos na Europa. O alerta é dado hoje nas páginas do "Diário de Notícias" pela voz do presidente da Sociedade Interbancária de Serviços (Sibs), Vítor Bento. (...) Levantar dinheiro, consultar saldos e movimentos, pagar contas de serviços, carregar telemóveis e renovar o passe social são algumas operações que actualmente se podem fazer no Multibanco sem qualquer custo."Muitos esquecem-se de que somos dos pouco países europeus onde esses serviços não são pagos, porque os bancos assim o entendem", acrescentou o presidente da SIBS. (...)Ontem, em entrevista à Lusa, Vítor Bento já alertara para a possibilidade de muitas das funcionalidades do sistema de Multibanco português poderem vir a desaparecer com a aplicação dos princípios impostos pelo SEPA. (...) No resto da Europa um cidadão paga em média 1,3 euros por cada levantamento numa caixa automática."
Ora: Depois de décadas a usar o multibanco, a aprender a usar as suas funcionalidades, a evitar o transporte de dinheiro e dificultar a efectividade dos assaltos, a fazer todo o tipo de coisas práticas e rápidas através de operações em caixas MB, TPA's, etc, agora vamos regredir à idade da pedra, para evitar o desfalque que é a cobrança por esses serviços, que pelo visto não é nada irrisória. Passamos a fazer um levantamento por mês, levantamos o ordenado todo, para depois guardar em casa, para ir pagando as despesas consoante necessário.
Cheques, esses estão praticamente banidos, e a internetainda não dá para levantar dinheiro.
Bonito.
Mas que felicidade, estamos na Europa....

Azul e Branco

O Dragão reina, do alto do seu pedestal. Observa os seus súbditos lá do alto, mostrando a magnificiência do seu poder.
De facto, para todos os que pensavam que podiam derrotá-lo, que já duvidavam da sua capacidade de ganhar campeonatos - tomem lá, matem as saudades.
Campeões, sim senhor. Somos, ganhámos, e não venham cá com histórias. Mesmo com a crise pessoal e jurídica do grande cacique Pinto da Costa, os moços mostraram o que valem. Falhas todos temos, todos têm, mas de entre todas as falhas, o FCP foi o melhor.
Há dúvidas?
Esta imagem por acaso não é cá, mas em Ljubliana.

quinta-feira, maio 17

Ah, a eficiência!

Segundo o Público, "As instituições de saúde autorizadas a realizar abortos, mas impedidas de os praticar por os profissionais de saúde alegarem objecção de consciência, vão ter de encaminhar as mulheres para outros estabelecimentos e pagar as intervenções, segundo um projecto de portaria do Ministério da Saúde, que deverá regulamentar a lei da interrupção voluntária da gravidez (IVG), até às dez semanas e a pedido da mulher.".
Sim senhor, é bom ver que o nosso sistema de saúde finalmente tem um orçamento farto, que, à larga, tem cabimento para tudo. Povo, podem estar descansados que não há dinheiro para garantir cuidados de saúde primários em centros de saúde, maternidades,hospitais e CAP por esse país fora, nem para obviar às vastas listas de espera, nem para pagar horas extraordinárias a médicos, mas felizmente temos um governo que tem dinheiro a rodos para garantir que todas as mulheres que optam pela a IVG o façam dentro do prazo legal. Os meus parabéns.
Não vou voltar à novela do aborto. Quem quiser que o faça, pouco me importa. Mas gostava de ver os nossos políticos assim tão afoitos a resolver os problemas prementes do nosso quintal, nomeadamente na saúde, tal como a preocupação que estão a votar a isto... quem dera.